quarta-feira, 29 de abril de 2009

Essa postagem veio do meu antigo blog, o Pirralha na Universidade. (Algumas postagens do Pirralha estão nesse blog, mas ele ainda pode ser acessado nesse link) Falo aqui do meu primeiro estágio. (Saudade!) Faz parte do 'tudo' que eu sou.

Meu contrato antigo como estagiária do projeto de extensão "Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude" expirou no fim de fevereiro. Fui recontratada, dessa vez por um ano, agora trabalhando à tarde.

O Núcleo é um projeto estadual. Pelo que sei, todas as faculdades de Direito estaduais (aqui no Paraná) tem esse núcleo de pesquisa e extensão. (Não sei se é descrito como pesquisa ou extensão porque não li o projeto - preguiça! - e porque fazemos os dois, mas acho que é pesquisa...). O nosso é muito peculiar, bem diferente dos demais núcleos.

É que em Londrina e Maringá, por exemplo, e até mesmo nos outros campi da Unioeste que tem o projeto, a demanda de processos é pequena. Sendo assim, a função desses núcleos é de estudar os direitos da criança e do adolescente, realizar projetos, ir a escolas, organizar eventos a esse público...

Aqui em Foz do Iguaçu, a realidade é bem diferente. O número de processos na Vara da Infância (e Juventude) é muito maior do que nas outras cidades. Como já contei uma vez (eu acho), Foz do Iguaçu é só a cidade onde há maior taxa de homicídios de adolescentes. Só como comparativo, o nosso relatório trimestral é equivalente ou até maior que o relatório anual de outros núcleos.

O núcleo funciona com duas advogadas, dois (que deveriam ser seis) estagiários e uma pedagoga, além do pessoal do 5º ano que precisa cumprir horas de prática jurídica.

A nossa pedagoga é a única que tem cumprido o que está escrito no contrato de todos: produção científica. Eu até estou com o artigo que ela está escrevendo no pendrive, mas ainda não li, e isso faz parte de outra história.

Temos uma advogada pela manhã e outra à tarde. Às terças e quintas elas passam a maior parte do tempo em audiência. Se não todo o tempo. Nos outros dias, corrigem as peças que nós escrevemos, e depois assinam. E atendem os casos mais estranhos que aparecem e a gente não consegue resolver.

Quando eu entrei no núcleo, eram quatro estagiários. Dois pela manhã, e mais duas à tarde. Como as duas da tarde não quiseram renovar o contrato, eu fui a premiada pra trocar de turno - não pelas pessoas, é que é difícil reorganizar meu horário. Agora tem um em cada turno. Nosso trabalho é redigir as peças - principalmente as urgentes - receber e levar autos do cartório, ajudar o pessoal do 5º ano, ficar de olho nos prazos, atendimento ao público... ah, e a pesquisa que não fazemos. Só!

O pessoal do 5º ano cumpre uma carga de aproximadamente 80 horas neste núcleo, mais um dia por semana no escritório modelo até o fim do ano.

Pra mim, a maior dificuldade do núcleo é administrativa. Não queria mais falar disso, mas vou falar: nosso coordenador não aparece, e quando aparece, pensa que está fazendo um grande favor. Aliás, este é segundo motivo porque não fazemos pesquisa: não temos orientador.

(Está difícil estabelecer um ritmo de publicação, mas vou tentar escrever três vezes por semana. Tenho tanta coisa pra falar!! Até mais!)

Essa postagem foi importada do outro blog, portanto todos os comentários que foram feitos nela estão aqui. Fique a vontade para comentar também!

Pirralha Estagiária