segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Aos quareeeenta e sete do segundo tempo, sai o segundo gol a segunda resenha que garaaaaaante a vitória na segunda fase do Desafio. Haaaaaaaaja coração!

Não me perguntem porque eu escolhi essa biografia. Foi meio, sem lá, intuição. Sempre conheci o cangaceiro como a lenda, ouvindo todo o pessoal da família de meu pai se referindo a ele como compadre. (E não é que tem um tal de Jovi mencionado na biografia? Se era meu avô? Sei lá...) 

Achei toda a história bastante interessante. A biografia é uma pesquisa, com fundo acadêmico, baseada na tradição oral. Isso significa que em vez de ficarem confiando exclusivamente nos documentos, resolveram buscar os depoimentos de pessoas que presenciaram os fatos, ou que estiveram com pessoas que participaram e que contaram suas histórias. Ah, e a organizadora é a neta dele. (Não sabia que cangaceiros tinham filhos? Nem eu. E antes que você imagine como, eles eram criados por padres, fazendeiros, coiteiros - pessoas que davam abrigo para os cangaceiros...)

O livro conta diversas histórias das 'aventuras' do chamado Rei do Cangaço em ordem cronológica. A personagem, que, apesar de real, é também um mito, é bastante confusa, controversa. Capaz de agir com misericórdia ou crueldade, totalmente imprevisível. Ah, vale mencionar também que era um grande estrategista, sempre duas jogadas à frente das volantes - nome das tropas militares que perseguiam os cangaceiros.

Virgulino resolveu ir para o cangaço porque perdeu a paciência. O sítio de sua família, gente pobre, foi roubado por um dos empregados de um grande coronel, desses coronéis que nunca foram militares, sabe?, que era seu vizinho. Além de nunca conseguir a justiça, ainda recebia provocações do filho do coronel, que herdou tudo do pai após sua morte. Com dinheiro e influência a coisa ficou cada vez mais séria. Foram perseguidos mesmo quando tentaram esquecer a encrenca. Foi quando perdeu a paciência e resolveu que ia matar até morrer. Consegue imaginar quanto ódio deve ter para que alguém chegue a tal conclusão?

Apesar de serem os bandidos da história, muitas vezes os cangaceiros se mostraram mais corretos que as volantes. Lampião tinha muito empenho em manter o respeito às famílias, principalmente depois que passaram a levar mulheres em seu grupo, coisa que as volantes não tinham. As coitadas das famílias eram saqueadas pelos cangaceiros, às vezes nem isso, e depois violentadas pelas volantes. Já ouviu aquela história de soldados que invadem a cidade em estado de guerra e começam a abusar das mulheres no local? Pois é. Além disso tinha a tal da crueldade. Se queriam lutar contra os bandidos, não deveriam se igualar a eles, né?

A última história que eu achei interessante foi de como Maria Bonita juntou-se ao grupo. Ela estava na casa de seu pai quando conheceu Lampião. Eles conversaram e ficaram meio amigos. Ele deu uns lenços para ela bordar, pagando, é lógico. Os cangaceiros pagavam tudo o que consumiam. Mas o dinheiro vinha de saques e despojos das batalhas... Ele passou a aparecer lá muitas vezes e a família do pai dela estava sofrendo as consequências disso. Não querendo ver ninguém sofrer, ela tomou a decisão. Da próxima vez em que ele aparecesse, ela o seguiria.

A história toda parece um filme de faroeste versão Herbert Richards. Como assim você não gosta de filme de faroeste? Tem coisa mais engraçada que ver aqueles grandessíssimos filhos de umas mundanas dando tiros pra todo lado? Sério, gente, é engraçado. Assistam qualquer dia desses... Bom, além de engraçado, porque sempre acontecem umas trapalhadas, SEMPRE, também tem toda aquela coisa apreensiva de 'Será que o nosso herói via se safar dessa?' E sim, eu agora estou falando do livro, embora isso também se aplique ao bang-bang.

Fiquei feliz por conhecer um pouco mais da história de um brasileiro. Engraçado é que Lampião foi contemporâneo de Monteiro Lobato, mas parecia que eles viviam em países e épocas completamente diferentes... Ê, Brasil, né?

Desafio Literário: Compadre Virgulino Lampião

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Houve uma feliz alteração nas minhas escolhas para o Desafio Literário desse mês. Com um tema desafiador, porque não é qualquer um que se presta a ler biografias, da mesma forma que quem lê biografias não costuma ler qualquer coisa. Escolhi os novos livros entre as estantes de biografia da biblioteca. Pela capa, pelas figuras, pela edição, e, claro, pelo biografado. A biografia do Lobato logo me saltou aos olhos. Confesso: o que me fez não querer mais largar o livro (e não querer mais nenhum que não parecesse tão legal quanto esse) foram as declarações infantis sobre como imaginam o autor que preencheu a infância delas com fez com a minha.

Formou-se em Direito em uma renomada faculdade brasileira, onde acendeu sua militância e fez pulsar a veia jornalística, publicando vários artigos. Foi promotor, mas não se descobriu na área jurídica. Tentou ser fazendeiro nas terras que herdou do avô, o Visconde de Tremembé, mas acabou abrindo uma editora e fazendo carreira na literatura. Ô, seu Lobato! Não dá idéia!

Jornalista em São Paulo, foi um grande defensor de uma cultura nossa, brasileira. E não só da cultura, mas de toda a nação. Lutou tanto que ficou com raiva. Típico de Lobato: diz que não crê no Brasil e na sua gente e que quer se manter distante. Mas não consegue se afastar e persiste na luta. Por falar sempre o que quis, acabou preso duas vezes. E levou na esportiva, pra fazer passar raiva quem lhe prendeu. Só não aguentou a mordaça da censura 
"Eu nasci para escrever o que penso; sou escritor, portanto. Mas estou impossibilitado de exercer essa função. Sinto em minha boca um grande batoque enfiado... Uma rolha... Sou um homem desempregado e sem função."
Quis trazer ferro e petróleo ao Brasil. Perseguiu o sonho de Mauá pelo progresso dessa grande nação, que viveu muitos séculos fazendo papel de pobre coitado na economia mundial. Queria ganhar dinheiro na indústria para ter os livros como recreação. Acabou ganhando dinheiro com os livros para perdê-lo na indústria.

Com as crianças, fez sucesso por onde passou. Recebia muitas cartas elogiando seus livros, pedindo conselhos, perguntando se poderiam tê-lo como patrono da biblioteca da escola, e, é claro, dando muitos conselhos. Crianças são atrevidas, e Lobato queria isso delas. Admirava o fato de as crianças exporem suas opiniões sem se importar se elas são mesmo importantes.

Já no fim da vida, sofreu um AVC que lhe deixou uma sequela rara e cruel - teve agrafia. Não perdeu nada de sua consciência ou de seus movimentos, mas não reconhecia o significado dos traços das letras, nem sabia mais como traçá-las. Conseguiu fazer rápidos progressos e reaprendeu a ler. Um novo espasmo o levou de madrugada em 4 de julho de 1948. Foi velado, onde mais?, na Biblioteca Municipal, aplaudido por uma multidão de brasileiros que sempre retribuíram com cartas, convites e aclamações o amor indisfarçável que teve pelo Brasil.

Desafio Literário: Monteiro Lobato

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aproveitando que falamos sobre 'deixar uma boa impressão', vamos emendar com um papo sobre aparência. Aparência tem conotações diferentes. Existe a aparência que as pessoas veem e a que as pessoas observam. A que as pessoas veem é importante zelar. Mesmo que você não seja lá muito ligado nisso, não vai querer parecer um mulambento esgualepado por aí, né? Ah, você quer? Desculpa aí, mas não é pecado se arrumar, tá? Faz bem pro convívio social. Principalmente se você tomar cuidado com os cheiros que anda exalando por aí. Isso se você não tentar parecer o que não é.

Quem é você? Quase ninguém vê!
Quem se deslumbra com plumas de fibra a não ser você?

Falando em cheiros que se exala, vamos passar para a segunda aparência, a que as pessoas observam. Essa é comportamental. É aquilo que você mostra para as pessoas, além daquilo que elas veem primeiro (a primeira aparência). Todo mundo vai pensar que você é assim sempre, ou deveria. Você é? Ou esse é só o 'você' que você usa pra sair? Você veste uma personalidade logo depois de calçar os sapatos?

Quem é você? Só Deus pra saber!
Volta pra vida e aterrissa pra gente te ver!

Não pense que as pessoas não vão gostar de você. Elas não vão gostar de descobrir que a pessoa que conheceram não é você. Ah, isso não vão gostar mesmo! Isso não quer dizer que você tem que ser do mesmo jeito pra sempre. Melhore sempre! Tenha o prazer de olhar para o passado e perceber o seu amadurecimento, mas mantenha a sua essência.

Vou confessar uma coisa: eu não gosto dessa música. Não consigo ouvir. Fico com nojo. Não, não é que a música não é boa. É ótima, é claro. Tanto que me dá nojo dessa pessoa genérica, artificial. Tenho nojo de gente de mentira. Sepulcro caiado. Quando criança eu ficava intrigada com essa expressão. Eu não sabia o que significava 'caiado'. Um sepulcro pode ficar muito bonito. Alguns são verdadeiras obras de arte, feitos de material nobre, mas por dentro não há nada além de podridão.

Deixe que o seu interior exale o bom perfume que precisa existir em você. Que a sua essência seja um aroma suave, sem sufocar os outros, nem passar totalmente nulo por aí. Você precisa fazer a diferença por onde passa. Cuide antes do seu interior, o exterior refletirá aquilo que você carrega aí dentro.

Música da Semana: Genérica - Resgate

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sabe aquela palavra... Aquela que todo mundo sabe o que é, mas ninguém fala? Não é palavrão, não. É cisma, tabu, preconceito, sabe? Sabe quando a gente sabe que não tem nada a ver, mas mesmo assim fica arranjando sinônimos pra não ter que dizer aquela palavra? Ou quando a gente acha, sim, que essa palavra tem um significado forte demais pra ficar soltando assim por aí, mas ninguém mais acha isso. Minha mãe tem um problema sério com algumas palavras. Aqui em casa é guerra mesmo. Proibido.

Desgraça - não importa se eu bati o dedinho do pé na quina da estante/guarda-roupa (minha casa é um labirinto de estantes e guarda-roupas) ou se estou falando sobre as misérias que aconteceram na região serrana do Rio ou da fome na África. Não vá falar desgraça! Mas mãe, foi uma desgraça o que aconteceu no Rio, ou você acha graça nisso? Desgraça é falta de graça e a graça de Deus é abundante. Ponto final. Então tá, né?

Diabo - Certo. Esse é um tabu que se estende além das fronteiras da casa da minha mãe. Tem gente que se arrepia só de ouvir. Não fala o nome dele, não, menina! Vai que aparece, né? Que foi? Tá com medo? Você tem medo dele? Ah, faça-me o favor! Esse infeliz já está derrotado desde a sua existência, você tem medo de quê? É claro que a gente não vai ficar por aí falando 'diabo' a toa. Parece coisa de doido. Mas se tiver que falar, pra que ficar usando eufemismos, dando dicas sobrem quem você está falando só pra não ter que juntar essas cinco letras? Detesto eufemismos...

Adivinha! - Não é pra adivinhar a próxima palavra. Adivinhar é pecado. Então, por que você não tenta descobrir por meio da lógica ou do chute qual é a próxima palavra? Eu sei, isso é adivinhar, mas a gente finge que não é, tá? Adivinhar é pecado. 

Tudo bem, alivio as coisas pra você. Não precisa... chutar qual será a próxima palavra. Você já entendeu a brincadeira, então diga você mesmo. Vou adorar amar ver isso.

PS: Por falar em palavras, tem mais palavras minhas em outro blog. Pra quem curtia o Pirralha, agora eu expresso toda a minha juridiquite no Verbete Legal. O post de hoje é o primeiro e você é meu divulgador oficial, tá?

Palavras Proibidas

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Seje o assunto mais interessante, seje o local mais severo, seje a pessoa mais respeitável, nada consegue me prender o bastante para deixar de me arrepiar ao ouvir um erro grotesco como seje. E não me venha com uma tal de... como é mesmo? 'variação linguística', porque eu não estou falando de conversas no dia-a-dia. Estou falando de palestras, sermões, discursos, aulas... Aquelas 'falas' de autoridade, em que a pessoa precisa passar certa credibilidade, certo conhecimento. (Preste atenção nessa última frase. Elimine todas as situações que não se combinam com credibilidade e conhecimento - me refiro ao tal do conhecimento empírico, pra deixar as coisas mais claras). Falou seje, perdeu comigo.

É uma pessoa simples? Certo. Mas já aprendeu tanta coisa pra dar essa palestra, sermão, discurso, aula... porque não aprendeu a conjugar o verbo ser? Eu sei, é um verbo irregular, verbo irregulares são difíceis, mas eu duvido que ele fale 'fazi'. Se aprendeu a conjugar o verbo 'fazer', por que não o verbo 'ser'? Ser é muito mais importante do que fazer! Que adianta fazer e acontecer, se falta ser?

A pessoa que não sabe usar a língua portuguesa na oralidade passa diversas impressões, algumas podem até ser erradas, mas nenhuma é muito boa. A primeira coisa que eu penso é que essa pessoa não estudou. Coitado. Não teve oportunidade. Tudo bem, vamos ajudar a essa pessoa, ele não tem culpa de não saber. Ah, teve oportunidade? Faltou vontade? Ou fala errado por pura malandragem? Resolveu aprender a falar com os mano? Precisa de uma boa aula também. Módulo I - Vergonha na cara: não é tão amarga quanto Buscopan e você pode tomar sem contra-indicações. (Aceito sugestões para um nome mais curto, mas tão bom quanto. Ou melhor, é claro).

A segunda coisa que eu penso é que a pessoa não lê. Porque língua é prática. Ninguém aprende trocentas mil regras gramaticais, ortográficas e tudo mais e consegue aplicar isso no dia-a-dia sem dar um tilt cada vez que formular uma frase. Um dos grandes benefícios da leitura é o exercício do idioma. Eu tenho pena de quem não lê. Seja qual for o motivo porque a pessoa não lê, eu tenho pena de quem não pode ou não quer desfrutar de algo tão maravilhoso como o prazer de ler um bom livro.

Depois posso pensar que a pessoa tem preguiça, porque poderia muito bem saber conjugar o verbo 'ser'. Preguiça é mortal! Quer dizer, se você pode fazer melhor, porque se acomodar no mais ou menos? Não consigo gostar da mediocridade. Desculpem, não consigo mesmo. Ainda mais quando a tal mediocridade se relaciona ao instrumento de trabalho da pessoa. Quem trabalha com uma colheitadeira tem que saber usar. Quem trabalha com a língua não deve pensar diferente. 

Por último, vou pensar mal de quem colocou uma pessoa despreparada pra passar vergonha na frente de todo mundo. A pessoa pode não ter culpa de ser despreparada (se tem, Módulo I...), mas quem colocou essa pessoa na mira de todo mundo, ah... esse sim tem culpa! Sabia muito bem do que se tratava, ou pelo menos deveria saber. É no mínimo descuido, mas pode ser maldade também. Que feio, servidor... Você não pode fazer isso!

Isso tudo eu penso enquanto tenho um arrepio e sussurro 'seja!'. Não consigo, não consigo não corrigir. Chata, eu sei, mas eu tenho que corrigir, nem que seja só pra mim. Seje... Menas... Ponhar... Melhor parar pra não acabar passando mal aqui! Continuem vocês, se estiverem com bom condicionamento físico pra aguentar.

PS: Centésima postagem! :) (E em vez de fazer um post comemorando, eu dou uma de chata. É bem o que eu sou mesmo! hahaha)

Seje...

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vocês estão falando com a mais nova estagiária de Direito do sul do Brasil! Uhul! (Mas você não tinha estágio? Tinha e tenho, mas aquele chefe virou cliente, e a gente já tinha combinado que eu poderia arranjar outro estágio se quisesse, até porque são só três horas por dia no outro estágio do ex-chefe-agora-cliente) Já fazia algum tempo que eu estava procurando estágios. Na verdade, eu nunca parei de procurar. Desde o ano passado fiz milhares de entrevistas (umas cinco, no máximo) e por isso posso dizer que TUDO O QUE VOCÊ OUVIU ESTAVA ERRADO! 

MITO 1 Em entrevistas, use esmalte claro.
Em uma entrevista, seja você mesma. Vocês, garotos, não precisam ler essa parte porque não usam esmalte. Eu gosto de esmaltes coloridos. Laranjas, verdes, azuis, roxos... E em várias entrevistas eu lembro bem da cor de esmalte que estava usando. Em apenas uma era um rosa bem clarinho (Gatinha, Impala). Em outra usei marrom (Marrocos, Risqué). Depois eu pirei de vez. Verde (Dote), roxo (aquele fosco da risqué que eu sempre esqueço o nome), e por fim, o sinal dos tempos: fui sem esmalte algum na última entrevista. Porque eu estava com um esmalte cor de rosa com brilhinhos muito infantil, e se tem coisa que eu tenho trauma é de parecer infantil. (Se você gosta de usar esmalte infantil, não se reprima. Seja você mesma!)

MITO 2 Cuidado com cores fortes
Cores fortes é o meu nome do meio. Bom, na verdade meu nome do meio é Adelinne, que significa 'nobre, princesa', nada que tenha muito a ver com cores fortes. Já deu pra ter a prévia com os esmaltes, né? Essa semana ouvi pessoas dizendo que eu sou chique, mas eu sou mesmo é berrante. Sei ser discreta, é lógico. Mas eu amo usar uma cor extravagante! Minha bolsa favorita no universo é laranja. Não laranjinha. Laranja. Não sei se alguém já percebeu que essa é a minha cor favorita. Hoje eu resolvi combinar um vestido verde com a bolsa laranja. Um LINDO vestido verde, aliás. E não fui prejudicada por isso. Só não vista o arco-íris inteiro de uma vez. Tenha parcimônia, por favor, tá?

MITO 3 Tente parecer normal e comum
Eu tentei. É sério, eu tentei. Arrumei meu cabelo curtinho (nem contei que cortei, né?) super bonitinho, mas fui de ônibus, em pé, em frente à janela. Quando cheguei lá, meu cabelo já estava todo alternativo (do jeitinho que eu gosto, por sinal). Comportado? Meu cabelo? Só com muita oração! Estava com aquele voluminho que só quem assume muito bem os cachos consegue suportar. E os brincos? Um grande e um pequeno. (Tinha uma haste entre a bolinha e a borboleta, mas a haste de um deles quebrou e eu emendei a borboleta direto na bolinha, aí ficou cada um de um jeito). Enfim, sempre disse que eu gosto de ser alternativa, de fazer diferente, de ter o meu jeito.

MITO 4 Cause uma boa impressão
Definitivamente você não precisa causar uma boa impressão. Seja lá qual for o papel que você interpretar no dia da entrevista, não vai conseguir mantê-lo durante todo o tempo que trabalhar ali (se for contratado). O resumo de toda essa ópera aqui é: seja você mesmo. Quem vai te contratar tem que gostar de você, do que você é. Não tenha medo de parecer bobo. Se isso acontecer, talvez você seja bobo demais pra aquilo que precisaria enfrentar. Não, não tente causar uma boa impressão. Seja uma boa impressão.

Adendo (palavrinha de jurista essa, né?): Se você tem um blog, por que não colocá-lo no currículo? Já tive muitas oportunidades por causa de blog. Oportunidades de vários tipos. E nunca perdi a liberdade de falar o que eu quero por causa disso. Aliás, na penúltima entrevista que eu fiz ficamos, eu e o entrevistador, a metade do tempo conversando sobre o blog e Os Meninos da Rua Paulo :)

Desmitificando as entrevistas

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Férias demais. Demais. Não estou dizendo que as férias foram demais, no sentido de legais. Isso eu já disse aqui. E isso foi antes de eu ter férias demais, no sentido de excesso. Eu estou oficialmente de férias desde... algum dia do início de dezembro. E as aulas ainda não voltaram. Ainda faltam dez dias e eu estou parecendo uma criança prestes a ir pra escola. (Aquelas que gostam de ir pra escola e ficam carregando a mochila nova pela casa toda, não aquelas que choram quando chega na esquina da escola)

Pra matar a saudade das aulas (sim, vocês leram direito. SAUDADE das aulas) eu faço o quê? Estudo. Estou digitalizando o caderno do ano passado (Isso significa digitar aquilo que já foi manuscrito. Alguém quer me dar um notebook pra eu não precisar escrever nunca mais!) Fico olhando a grade horária, escolhendo que caderno eu vou usar pra que disciplina (resolvi comprar dois pequenos em vez de um grande), pesquisando o currículo dos professores na internet (nunca fez isso? Descobri que quando eu nasci meu professor de Constitucional B já era doutor!).

Talvez uma parte disso seja porque eu não conheço os colegas de turma. No ano passado eu estudei com os atuais 2º diurno e 3º noturno, e agora vou estudar com o 3º diurno. Os professores também são novos. Nunca estudei com nenhum deles. (Só com os livros que eles escreveram. Parece meio surreal estar em aula com o cara que escreveu o livro que eu usei em 2008) E a expectativa de estudar coisas novas. Apesar de ter achado ótimas algumas as disciplinas introdutórias que fiz e refiz aqui, estou doida pra estudar aquilo que eu gosto de verdade. (Posso contar que quase entrei em crise de identificação até lembrar que eu amo esse negócio jurídico? Sem trocadilhos. Ah, vocês nem entenderam...)

Estou ansiosa pra sentir aquele frio na barriga que sempre me dá quando eu subo aquela escadaria. Ansiosa pra carregar bolsas pesadas, atochadas de livros, e carregar mais alguns na mão. Ansiosa pra descobrir quem ministrará a aula magna no dia 28. Ansiosa pra encher minha cabeça de interrogações. Ansiosa pra escrever sobre isso.

Pena que eu não tenho uma mochila de rodinhas pra sair arrastando pela casa...

Ansiedade de fim de férias

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Por tudo o que tens feito
Por tudo o que vais fazer
Por tuas promessas e tudo o que és
Eu quero te agradecer
Com todo o meu ser.

Viver em gratidão é o mínimo. Já pensou em tudo o que você tem pra agradecer? Cada segundo da sua respiração. A chuva, o sol. Seu alimento, sua renda, seu emprego. Sua vida, sua família, amigos. Por ter durado mais um dia. Por ter sobrevivido a uma fase difícil. Por ter sido poupado. Por ter sido abençoado. Você nunca poderá agradecer o bastante, então seja sempre grato. É o mínimo.

Música da Semana: Te Agradeço - Diante do Trono

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


Meme criado por Hérida, do blog Lendo nas Entrelinhas, que parece ter um gosto literário um pouco diferente do meu, mas que tem um layout muito legal.

A AQUISIÇÃO

1- Sempre compra você mesma seus livros ou tem anjos da guarda?? Se tem, quem são eles normalmente?
Na verdade, compro poucos livros. Até outro dia não tinha comprado nenhum livro que não fosse da faculdade. Eu ganho bastante livros. Do namorado, dos amigos, de amigo secreto, de aniversário...

2- Gasta quanto (em média) por mês em livros?? Já estourou o cartão de crédito com livros?
Sou do tipo de pessoa que não gasta. (Até porque, ultimamente nem tenho como gastar). E não tenho cartão de crédito. E mesmo se tivesse, usaria só pra fazer compras pela internet, que é quando eu pego o cartãod a minha mãe emprestado.

3- Consegue livros emprestados com frequência?? Se sim, quem te empresta normalmente?
Sim. Empresto muitos livros da Deise e da biblioteca da UFPR.

O DELEITE

1- Lê em média quantos livros por mês?
Nunca fiz uma 'média'. Em alguns meses eu leio MUITO, em outros leio só uns dois ou três. Ultimamente tenho lido bastante, por causa do trabalho também.

2- Lê em média quantas páginas num dia da semana?? E nos fins de semana?
Não tem regra nenhuma pra isso. Geralmente leio mais no meio da semana, porque nos fins de semana não tenho tempo. É sério. Além do mais, eu trabalho com livros, então eu leio trabalhando também.

3- Consegue abandonar um livro no meio da leitura?
No meio? Difícil. Tem que ser muito ruim. No começo, sim.

O LOCAL DO CRIME

1- Consegue ler em local movimentado? (ônibus, fila de banco)
Em qualquer lugar, com qualquer barulho. Eu consigo ler e ainda conversar com você.

2- Prefere ler na mesa, sofá, no chão ou na cama??
Prefiro ler sentada, seja lá onde for. Acho muito desconfortável ler deitada, porque tenho que ficar com o pescoço parado (óculos) e isso me deu um torcicolo um dia desses, então só leio na cama se for muito urgente.

3- Qual a hora do dia que prefere para ler?
À noite.

OS IMPEDIMENTOS

1- É solteira? Se não, seu namorado, noivo, esposo, te dá espaço para ler?
Tenho namorado. E nós vamos nos casar em comunhão de livros.

2- Lê no trabalho? Se sim, qual emprego dá essa dádiva de ler na hora de serviço?
Ler é o meu trabalho. #morradeinveja Trabalho com revisão, resumo, fichamento, tradução...

3- Já deixou de sair com a galera só pra ler aqueles capítulos irresistíveis?
Não, né? Tem hora pra tudo. Eu tenho vida social e aconselho quem já tenha feito isso a procurar ajuda profissional. Talvez você seja autista ou tenha algum tipo de fobia social. Precisa se tratar, hein?

AS INSANIDADES

1- Já sonhou ou teve pesadelos vivendo a história de um livro? Qual foi o livro?
Vale sonhar acordada? Teve uma fase da minha vida que eu não tinha muitos amigos e era amiga imaginária dos Karas. (Coincidência, Cintia). Vivia altas aventuras com eles. E meu namorado era o Miguel. (Nasci pra ser primeira-dama...)

2- Qual a maior loucura que já fez ou que faria para conseguir um livro?
Fui encontrar uma pessoa que eu conheci pela internet pra ela me emprestar o livro. (A Deise). Mas eu não considero isso uma loucura...

3- Já chorou ao terminar um livro??? Foi de felicidade ou tristeza?? Qual foi o livro?
Na verdade, eu sou meio insensível quando estou lendo. Risadas eu não disfarço bem, mas o choro não vem fácil, não. Chorei lendo Os Meninos da Rua Paulo. O final é incrível. Me emociona só de pensar.

Como eu leio... (Mais um meme literário)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Hoje eu dormi na igreja. Uma dessas programações de jovens. Levamos os colchões para o templo e acampamos lá. Isso me fez pensar em todas as vezes em que fiz isso. Várias. (Mentira, não estamos ao vivo e a cores. É um post programado). Mas enfim, eu estou pensando em todas as vezes que fiz isso de verdade.

Na verdade, eu dormi na igreja muitas vezes porque morei na igreja muitos anos. Ok, não vale. Não é na igreja, né? Não consigo me lembrar de quando foi a primeira vez, mas mesmo estando a uma escada de distância de casa, era muito emocionante esses 'acampadentros'. Acho que o primeiro foi um que não deu certo e a gente teve que começar com o café da manhã e terminar indo dormir cada um em sua casa. Ah, não vale também. Ah, que seja. Não interessa qual foi a primeira vez.

Engraçado que tem gente que tem problemas em dormir fora de sua própria cama, né? Eu sempre fui muito desapegada com isso. Já dormi até no chão duro, apesar de ser uma experiência que eu não gostaria de repetir. Mas dormir num colchão no chão é tranquilo.

O que é mais legal em um acampadentro? Aquela coisa de dormir todo mundo jogado no chão, conversando até tarde? O clima menos severo que nos faz compartilhar experiências, conhecer as pessoas de um jeito diferente. Dormir com alguém é outro nível de intimidade, né? Peraí, porque eu estou falando de dormir? Quem é que quer dormir numa hora dessas? Você é daqueles que dormem? Ahhh... que pena.

Acampadentro também é hora de falar umas verdades. Com amor, né? De preferência... Ô negócio difícil é falar uma verdade com amor. Com humor é mais fácil. Poderia estar escrito assim, né? Com amor e/ou humor. Mas é que aquele clima de intimidade é propício a isso. De sermões pra acabar com a falta de autoestima alheia a discursos de 'por que você não deveria usar aquela saia que aumenta demais os seus quadris'. Não dá pra ser tão sincero naquela confraternização antes/depois do culto. E eu gosto de poder ser sincera. Acho que essa é a minha parte favorita. Essa, e a parte de compartilhar. 

Eu não lembro do primeiro acampadentro, mas o último foi no ano passado. (Em agosto, eu acho). Eu tinha acabado de chegar na igreja, nem conhecia as pessoas pelo nome direito. A maioria eram meninas mais novas, por volta dos catorze, quinze anos, e eu pude contar pra elas como eu conheci o meu futuro marido, como eu não tinha intenção nenhuma de ter um relacionamento com ele quando o conheci. A única coisa que eu sabia era que eu não queria ter envolvimento com qualquer outra pessoa se não quisesse me casar com ela. Durante as semanas seguintes algumas meninas vieram falar comigo sobre isso. É uma alegria muito grande edificar alguém com a nossa experiência.

Mal posso esperar pelo que terei pra contar. Quer dizer, agora eu já tenho, porque o acampadentro foi ontem. Acho que se eu fosse apresentadora de televisão, deveria fazer programas só ao vivo. Que confusão!

Acampadentro (programa de crente)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não sei se existe alguma profissão que não sofra desse mal. É assim, você estuda, se prepara, se dedica, investe dinheiro, investe tempo, planeja o que você vai fazer, planeja como você vai fazer. Você tem uma carreira. Ou você ainda não tem, porque eu não tenho ainda e já estou sentindo os primeiros sintomas.

Começa sempre com uma simples pergunta, uma ajudinha básica. Afinal, você é quem conhece esse assunto, não custa nada dar uma mão pro seu amigo de tantos anos, ou pior, porque se for parente é até ofensa não responder. Tudo bem, responder uma pergunta básica não faz mal. Isso se parasse por aí. Depois dessa começam os favores, e as pessoas passam a achar que você tem uma profissão para ganhar dinheiro e atender amigos e parentes. (Tem gente mais egoísta que acha que você não precisa ganhar dinheiro)

Agora o grande problema é quando você trabalha com coisas consideradas 'simples'. Especialmente quando seu trabalho não é 'fazer'. Um consultor, por exemplo, trabalha dando orientações, respondendo perguntas. Algumas pessoas acham um absurdo pagar caro para que um advogado apenas responda às suas dúvidas, mas não levam em conta quanto tempo e quanto dinheiro ele investiu para poder responder a essas dúvidas. Para saber se vale a pena, basta se perguntar: eu posso perguntar isso pra qualquer outra pessoa, ou esta é a pessoa qualificada para me orientar nessa questão? É claro que algumas pessoas vão pensar que podem perguntar pra qualquer pessoa quando não podem, mas aí é problema delas. 

Por exemplo, eu sou doida pra ter um layout próprio no blog. Quer dizer, na verdade o projeto é mais complexo que isso, mas eu conheço pessoas que podem fazer. Ou melhor, eu conheço pessoas que fazem isso, trabalham com isso. Mas eu nunca vou pedir pra nenhuma dessas pessoas fazer isso pra mim enquanto eu não puder pagar pelo serviço dela. É diferente quando a pessoa se oferece. Eu já trabalhei e trabalho voluntariamente, para amigos e até para desconhecidos, com a mesma seriedade e dedicação com que trabalho pra ganhar as minhas contas, eu assumi um compromisso. Mesmo assim, é educado oferecer uma gratificação, mesmo que ela não aceite. (Não preciso contar se eu aceito ou não, certo?) E estar preparado para o caso de a pessoa aceitar, né? Nem que seja um livro, um chocolate, um jantar. (Já viram gente que oferece e depois fica bravo porque a pessoa aceitou?)

Meus pais dizem que eu sou cruel, verdade, eles dizem isso mesmo, porque eu disse que não trabalho pra parente. Mas como ter uma relação profissional quando a pessoa a qualquer momento vai querer apelar para os laços sanguíneo-afetivos que os unem? E pior, quando o parente/amigo acha que você pode fazer o favor de trabalhar de graça pra ele. Tá, às vezes pode, mas você é muito cara de pau de achar que pode pedir isso, né? Se a pessoa estiver numa situação difícil, por exemplo, enquanto ela está trabalhando de graça pra você, parente/amigo, poderia estar ganhando dinheiro, trabalhando pra um cliente, que poderia até ser você.

Tem gente que não gosta de fatiar as pessoas, (vida profissional, pessoal, espiritual, etc), mas é bom lembrar antes de pedir um favor a seu amigo/parente que esse é o trabalho dela. Respeite o trabalho alheio, assim como você quer ser respeitado em sua profissão. Não se aproveite dos seus amigos, tenha amor e consideração por eles, mais do que por você. 

(Na verdade era pra eu contar uns casos engraçados e outros tristes sobre isso, mas o post já está grande. A gente continua aqui embaixo, tá? Todo mundo aqui deve ter alguma história pra contar...)

Amizade Aproveitadora

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Eu sempre encho a paciência da minha mãe porque ela explica demais as coisas. Não basta ligar e dizer 'sinto muito, não posso'. Ela tem que contar com detalhes porque ela não pode. Não importa se a pessoa não quer ouvir, ou se ela não precisa ouvir, ou mesmo se é melhor pra todo mundo que ninguém fique sabendo disso. Ela acha que deve explicação pra todo mundo. Não deve, mãe. Mas do que eu estou falando? Vim aqui só pra me explicar hehe

Estava feliz e sorridente com um ritmo consistente de postagens. Começou com dia-sim-dia-não e acabou ficando uma por dia. E eu afirmo, era pra continuar assim. Não foi culpa minha, não. Ou talvez foi. É que aconteceram coisas, surgiram prioridades, sabe como é. Por exemplo, era pra eu ter postado aqui a resenha da biografia de Monteiro Lobato, do Desafio Literário. Aliás, vocês nem estão sabendo ainda. Eu tive que mudar as duas biografias. Não achei a Olga nem a Christiane F. na biblioteca. Fiquei com Monteiro Lobato e Virgolino Lampião e estou feliz da vida com a troca. Aguardem ;)

Então, o que aconteceu? Já que vai explicar termina de contar, né? Aconteceu que na semana passada eu passei no oftalmologista.Aquele médico chato que diz que você não estava usando óculos direito quando você sabe que estava, que seu grau aumentou demais e a culpa é sua, que agora você tem que usar o óculos direito, mais vezes. (Oi, tenho que usar óculos enquanto estiver dormindo? Pelo menos nos meus sonhos eu tenho que enxergar bem SEM óculos, né?) Aí que a pessoa teve que trocar as lentes dos óculos e não achou uma ótica decente nessa cidade que fizesse pro outro dia. Imagine minha depressão ao saber que não poderia ler de quarta até segunda-feira. E só ficaria pronto às cinco da tarde! Quando cheguei em casa, eu chorei. Não foi por esse motivo, mas vamos fingir que foi para adicionar um drama na história, ok?

Então, fiquei quarta e quinta-feira olhando pra esse livro enorme, com um bico infantil e uma vontaaade de ler muito grande, mas não li nada. Tentei. Não li. Fazer o quê? Vida difícil essa das pessoas que enxergam menos que as outras! Por isso ainda faltam 100 páginas da biografia quando eu já devia ter terminado. Por isso e porque meu namorado apareceu de surpresa no fim de semana. Não troco meu namorado por um livro. Especialmente um namorado que mora a muitos quilômetros de distância e que vem me ver poucas vezes, sempre muito rápido.

Ah, teve mais uma coisa também. Vocês sabem que eu trabalho lendo. Sem ler, não dá pra trabalhar. Tenho pilhas de livro em minha mesa e minha vergonha na cara não me deixa fazer outras coisas quando eu tenho prioridades. Sim, eu tenho prioridades na minha vida. E como o que paga as contas são os livros e não o blog... sinto muito, querido. Fica pra depois, tá?

Agora vamos trabalhar que já expliquei demais. Nem sei porque eu fiz isso! Ah, sei, sim. Porque eu falo da minha mãe, mas faço igualzinho. Pago língua. Cuspo pra cima pra cair na testa. Vai ver que eu acho bom, né? 

Não acho, não.

Explicando o que não preciso pra quem não tem obrigação de saber

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Eu não prometo que é a última vez que eu vou falar disso. Estou numa época de muito planejamento, muitíssimas decisões, muitas crises de indecisão, muito choro, muita oração - não tanto quanto deveria, muito choro, muito pensar, muito 'o que é que eu vou fazer da minha vida?'. É por isso que ultimamente eu tenho que me convencer que Deus está no controle, que apesar de eu não estar vendo absolutamente nada, existe um futuro, o melhor futuro. 

Pra sempre eu vou andar sem olhar pra trás jamais
E sempre eu vou saber que a tua mão me guarda
Apenas poder guardar na memória a minha história

É aquela coisa que a gente sabe que é verdade, mas não consegue confiar. Quando a gente sabe que a corda é bem elástica e não vai arrebentar quando você saltar nesse abismo, mas mesmo assim você fica achando que vai precisar ser empurrada pra vida. A gente tem mesmo é que se lembrar daquilo que Deus não se esquece: Ele cuida de nós.

Eu sei, eu sei onde tudo começou
E quem, eu sei, é fiel pra terminar
O mal, o mal eu sei bem porque passei
Atravessar o deserto e depois de tudo ainda crer na promessa

Isso tudo envolve aquilo de novo. Entrega. O que é viver como um sacrifício vivo? O que é viver cada dia como se estivesse às vésperas da tua volta? Como eu vou saber qual é a vontade de Deus? Eu não posso fazer isso simplesmente porque eu acho que é o certo, porque alguém me disse isso ou porque alguma coisa aponta pra isso. Eu tenho que querer fazer isso, se não tiver vontade (voluntas agendi, diria algum professor de Direito preciosista), não vale.

Pra sempre eu vou passar pelo fogo por amor
Pra sempre eu quero viver como um sacrifício vivo
Pra sempre poder te dar a minha longa juventude
Viver cada dia como se eu estivesse às vésperas da tua volta.

Música da Semana: Depois de Tudo - Resgate

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Annie, acorda, seu namorado está aí.
Aham, palhaço. Sai daqui.
Não, é sério. Ele acabou de chegar.

De surpresa. Não que eu não goste de surpresas. Na verdade, eu gosto muito de surpresas. Só não gostei da ideia de encontrar meu namorado pela primeira vez em quase três meses sem ter me preparado pra isso. Agora eu vou tomar banho todos os dias antes de dormir.

Era mais uma 'viagem de negócios'. Não exatamente de negócios que dão dinheiro, mas de negócios que o prendem em reuniões compridas e me fazem ficar esperando do lado de fora ou acompanhando-o em lugares onde as pessoas não se lembram do meu nome. Não estou nem aí se isso é um pouco desagradável na hora, se traz o meu namorado pra ficar comigo, mesmo que por poucos dias, e mesmo que ele esteja ocupado.

Por fim, ter um dia inteiro só pra nós dois, mesmo este dia tendo acabado quatro horas antes do fim, foi o melhor do ano, até agora. Nada, absolutamente nada supera a delícia de estar com ele. Só com ele e mais nada.

Vou fingir que a gente não se despediu. Faz de conta que a gente está no pólo norte e que o dia não terminou. Nos vemos amanhã.


Até amanhã

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que é família?

A família é unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afetivos.

A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições.

É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimônio ou adoção.

Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos.

Eu acho que discordo de todas essas definições. Até porque, eu tenho quatro famílias e uma é diferente da outra!

Tem a minha família que eu convivo desde a infância. Pai, mãe, irmão e eu. É a família-preparatória. Aquela que a gente aprende a amar desde pequenininho. E aprende mais um montão de coisas também. Foi a minha principal família até agora, mas é claro que não será assim pra sempre. Afinal, essa família serve pra te ensinar o que é uma família. Infelizmente nem todo mundo consegue aprender, e quando chega a vez de ensinar, ensina errado. Isso é a coisa mais triste do mundo, afinal, a família deve ser o grupo mais firme de todos os que existem na sociedade, né? Sem essa família-preparatória, como vai ser sua relação com as outras? (Quer dizer, a minha. Nem sei se vocês tem outras... #empolgada)

A outra família é a família-extendida. No meu caso, eu chamo de família-distante. Porque muita gente tem a sorte ou azar de viver pertinho de todo mundo. Eu vivo longe de avós, tios, primos e tudo mais desde os 5 anos de idade. Pra falar a verdade, nunca morei muito perto, e moro cada vez mais longe. O bom disso tudo é que não tem espaço pra brigar. Quando a gente se encontra é só saudade, só alegria, emoção, e tudo mais. O ruim é que muitas vezes falta intimidade. Eu tenho primos e tios muito chegados. E meus avós, os únicos dois avós que sempre tive, são os amores da minha vida. Mas alguns primos eu só tenho contatos esporádicos por msn e twitter. E aquele negócio de olhar foto no orkut, cada vez mais decadente. 

Eu tenho pouquíssimas histórias de infância com meus primos. Muito poucas lembranças de aventuras, de coisas que só primos fazem. Todas correspondem a períodos de férias, que geralmente não duravam mais que uma semana, ou tinham um hiato de mais de cinco anos. Quer dizer, minha prima vai se formar em Engenharia Civil nessa terça-feira. A última vez em que nos vimos ela tinha acabado de começar o curso. E desde então, a gente não se falou nem dez vezes. Raramente alguma coisa relevante, raramente algum assunto nosso. Falta sabe o quê? Laços afetivos. Esses só existem quando construídos, e nós nunca tivemos tempo para isso. Pena...

Por falar em laços afetivos, a terceira família se formou nisso. Está vendo aquele monte de irmãos ali na descrição? Desses aí o Nino é o único que faz parte da primeira família. Os outros são todos irmãos de coração. Essa família é a mais recente. Deve ter uns cinco anos. Eu sempre me confundo com os anos. É formada por um carinho IMENSO que temos um pelo outro. Tão grande que eu me emociono só em pensar. Um cuidado grande de um para o outro. Uma saudade que faz a gente pegar um avião e ir passar uma semana na casa do outro, e sempre querer ficar mais um pouquinho. Um amor que não sabe o significado da palavra virtual. Só existe a realidade, seja qual for o meio que ele se utiliza para chegar à outra pessoa.

A última família só existe nos meus sonhos, por enquanto. É o meu maior sonho. É a família que eu vou formar a partir de... vocês vão saber quando. Por enquanto só existem duas pessoas nela: Haralan e Annie. Com o tempo chegarão outros integrantes, que depois vão sair de casa e vão adicionar mais pessoinhas lindas a essa família, que na verdade nunca diminui de fato. Só aumenta. Aumenta sempre de um jeito diferente, mas sempre aumenta. Quer saber? Mal posso esperar.

te amo três vezes o infinito ao cubo!!

Família

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


Um meme criado pelo famoso Felipe, que ninguém comprovou se existe de fato ou se não passa de um fake da Elisa, mas que a gente ainda considera como uma personalidade e tanto! hahaha 

Nesse meme eu tenho que dizer que eu já sei tudo o que vou dizer aqui. Até porque, eu sou uma pessoa muito decidia, e quando eu começo uma coisa, pode ter certeza de que eu vou terminar! Além do mais, como eu só faço uma coisa de cada vez e sou uma pessoa muito atenta e concentrada, acabo obtendo muito sucesso dessa forma. 

Ah, vai ser muito fácil falar de mim. Eu me conheço muito bem. Eu mesma me acho muito previsível. Depois de 81 anos convivendo com esse ser, né? Apesar de ter mudado de casa várias vezes, eu mesma sempre fui uma pessoa estável. Ah, e fácil de conviver também. Vai ver que por isso pouquíssimas vezes precisei me adaptar, e me tornei tão previsível.

Sabe aquela pessoa controlada, que nunca conta com o ovo não botado, que sabe sempre como se comportar em todo tipo de situação, não paga mico, não passa vexame... Muito prazer, sou eu! Controlada que sou, sempre tomo muito cuidado com novas situações, novos projetos. Sempre penso em tudo com muita calma. Esse negócio de entrar de cabeça e se empolgar de primeira definitivamente não é comigo. Ora essa, sou uma pessoa sensata! Onde já se viu, se jogar em coisas novas sem saber onde estou pisando? Isso é pra esses loucos impulsivos. Gente assim não vive. Está sempre pensando em coisas novas, projetos novos... Eu gosto de ficar com o presente, com o que eu tenho! Investir naquilo que eu posso tocar! Isso sim é ser inteligente!

Agora vou terminar logo esse post, porque eu não gosto muito de falar de mim. Esse negócio de ficar se expondo é típico dessas pessoas impulsivas, sociáveis. Sou avessa a isso. No dia-a-dia você vai me achar muito simpática, mas quando alguém tenta me conhecer eu prefiro afastar. Não foi Aristóteles que disse que só se pode ter no máximo cinco amigos? Eu já tenho... dois! E só tenho dezoito anos. Melhor reservar essas outras vagas para as pessoas mais interessantes que eu ainda vou conhecer.

Agora vocês me dão licença que está na hora da minha natação. (Eu marco hora pra tudo porque, vocês sabem, dou uma pessoa muito controlada). Depois o meu sagrado suco de abacaxi de cada dia. (Porque eu tenho muitas rotinas estabelecidas).

Até não mais ver!

Com tudo o que não sou

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Agora vamos falar de sexo. Levou um susto? Sinal que você precisa ouvir mais essa palavra. 

SEXO SEXO SEXO SEXO SEXO SEXO SEXO SEXO SEXO 

Se ainda não deu pra se acalmar e acostumar com esse assunto, já vou dizendo que hoje o papo é esse e não tem outro assunto nesse post, a não ser sexo, tá? Está convidado a se retirar se for do tipo que não gosta...

Pra começo de conversa, vamos tirar essa ideia de que SEXO é pecado, se é que alguém tem essa ideia ainda, né? Façam-me o favor!. SEXO é bom e foi Deus quem fez. SEXO está na Bíblia e tudo - e como uma coisa boa! Errado é o que se faz com ele. Minha irmã usa uma metáfora que eu acho ótima: tem gente que dá um faqueiro, tem gente que dá um conjunto de travessas, tem gente que dá uma televisão. O presente de casamento de Deus é o sexo. Abrir o presente antes da hora é, no mínimo, falta de educação. Ou sua mãe não lhe ensinou nada?

Esse livro, O Ato Conjugal, é do mesmo autor daqueles livros sobre os Temperamentos Controlados pelo Espírito Santo e também da Série Deixados para Trás. Eclético ele, não? A obra se dirige a casais noivos e casados. Pra mim o ponto negativo do livro - um único e grande ponto negativo - é o fato de ser uma edição dos anos 80 que não se renovou. Volta e meia ele se refere ao homem como único provedor e à mulher como dona de casa. Não estou pregando o feminismo, nem nada, mas essa com certeza não é a realidade da maioria das famílias que existem. Eu mesma não nasci pra ser madame, muito menos dona de casa. Quem gosta, ótimo. Vou precisar contratar alguém que goste pra cuidar da minha casa, então é bom que esse alguém exista. Fora outros comentários que podiam até ser muito bem cabidos em 1976, mas que hoje não fazem o menor sentido - como o de acreditar que cada família deveria ter de quatro a cinco filhos. Oi, sabe quanto custa um filho?

Voltemos ao sexo. Como eu disse, sexo é bom. Não por experiência própria - e talvez eu seja uma das poucas pessoas virgens da internet que se atreve a falar tão atrevidamente de sexo -, mas porque foi feito pra ser bom. Bom, não. Ótimo! Pra valer a pena. Pra ser a experiência mais incrível da sua vida - e o melhor, você pode repetir. É a maior expressão de amor entre um homem e uma mulher, em todos os sentidos.

Por isso a pior coisa que se pode fazer é tratar o sexo como algo sujo, feio, errado. Como aquela mentira de que Adão e Eva foram expulsos do paraíso quando tiveram relações sexuais - o fruto proibido. Devia ser proibido que se espalhasse esse tipo de boatos. Quantas mulheres no passado não levaram uma vida amargurada por terem sido 'violentadas' pelo marido após o casamento? E você duvida que isso não aconteça mais? Acha que não existem mulheres que encaram o sexo como a obrigação de esposa? De sofrimento já bastam as cólicas, né? Você foi feita desse jeito, pra ser feliz.

Se o prazer começa na mente, numa atitude positiva com relação ao sexo, então o prazer começa em casa. Digo, na casa de papai e mamãe. Levanta a mão quem nunca conversou com os pais sobre sexo, ou quem tentou conversar e levou uma juntada boa... Isso não é assunto, menino! Onde já se viu, perguntar uma ousadia dessas pros pais? Onde já se viu, ser pai e querer que os filhos aprendam tudo sozinhos! E depois reclamam...

Sexo tem que ser conversado. Praticado, principalmente. Mas antes que você possa praticar, converse. Nenhuma pergunta guardada se responderá sozinha. Nenhum tabu vai se quebrar se você mesmo não começar a tirar as milhares de pedras que estão sobre o assunto. Converse com a mãe, o pai, os irmãos, primos, o namorado, a namorada... Conversar, tá? E principalmente, converse com o criador do sexo, que deixou um manual completo sobre a sua vida. É claro que tem muito sexo por lá.

O Ato Conjugal - Tim e Beverly LaHaye

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Enquanto conversávamos sobre a música da semana passada, chegamos a conclusão nenhuma. Não alguma definida ou formal. Mas acho que no fundo todo mundo percebeu o mesmo que eu: não dá pra cantar o que a gente não vive. A música mais difícil de cantar de todos os tempos não é a mais alta. Ok, pra mim pode ser. Também não é a mais grave, ou mais comprida. A mais rápida, a mais arrastada. A mais difícil de se cantar é aquela que diz que nós vamos fazer aquilo. Aquilo que Deus pede pra gente fazer, mas que a gente sempre pergunta É comigo? Existem muitas músicas que falam disso, mas eu escolhi uma de BarlowGirl que expressa muito bem como a gente se sente. (Estou falando tudo no plural porque já combinamos que não vamos ser hipócritas, ok?)

Minhas mãos guardam meus sonhos em segurança
Segurando bem para que nenhum deles caia
Levei tantos anos pra formar cada um deles
Eles refletem meu coração, mostram quem eu sou
Agora você pede pra eu mostrar
O que estou segurando com tanta força
Não posso abrir as mãos, não posso soltar
É importante? Devo mostrar?
Não pode me deixar ir embora?

Entregue-se; entregue-se
Você sussurra suavemente
Você diz que eu serei livre
Eu sei, mas não está vendo?
Meus sonhos em mim...

A grande questão é que nós gostamos de ter algum controle sobre as nossas vidas. Como entregar tudo assim? Como deixar nossos sonhos nas mãos... de Deus, eu sei, mas eu não sei o que ele vai fazer com eles. Os sonhos tão cuidadosamente sonhados, cultivados... Devo perguntar a Deus sobre tudo em minha vida? Será que ele quer interferir na minha vida amorosa, profissional, pessoal? Será que ele quer que eu entregue alguma coisa além da parte espiritual da minha vida?

A resposta é sempre sim.

Surrender

Música da Semana: A música mais difícil de cantar de todos os tempos

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Essas férias foram ótimas! Cumpri muitos itens da lista de uma vez :)

5. Ler 150 livros (33/150)
Sisterchicks Do The Hula – Robin Jones Gunn
Waterfalls – Robin Jones Gunn
As Crônicas de Nárnia – C S Lewis
Os Meninos da Rua Paulo – Ferenc Molnár



6. Fichar 50 livros (6/50)
A History of Business in Medieval Europe
Demorooooou, mas saiu. Esse livro é muito interessante, mas o fichamento é muito demorado. Isso porque tem muitos detalhes, muita coisa que é importante, e pra resumir isso tudo é complicado. Me dava a impressão de que o livro criava páginas, porque parecia sempre que eu estava na metade.

23. Visitar todos os parques de Curitiba (7/30)
Parque Tanguá e Parque das Pedreiras (Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski)
26. Uma praia catarinense
Laranjeiras, eu acho
30. Visitar uma ilha
Florianópolis
39. Ganhar ou comprar 34 livros (13/34)
O Ato Conjugal
Tudo para Ele
O Primeiro Ano/Os Limites da Lei (2 em 1 da Saraiva)


77. Assistir a 40 filmes (5/40)
Encantada (reassisti, mas não disse que tinha que ser inédito, né?)
A Viagem do Peregrino da Alvorada


99. Jogar boliche

84 coisas em 643 dias