quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ao meu alcance é o primeiro CD do Ministério de Jovens e Adolescentes da Primeira Igreja Batista de Curitiba. Lançado em setembro do ano passado, o álbum leva em seu título o tema da juventude para 2011, com as músicas mais cantadas durante o ano nos cultos de sábado (e sexta). Entre versões e composições, temos cultos de verdadeira adoração. Quando a gente nem percebe que veio cantando no caminho até em casa. Na rua. Ah, e no ônibus. O louvor da juventude da PIB é contagiante. No meio de todos aqueles jovens, você se sente parte... mesmo que não conheça ninguém ali. Apesar disso, o CD foi gravado em estúdio - o que diminuiu muito o brilho das músicas. Um daqueles casos raros em que eles fazem melhor ao vivo. 

Eu falaria um pouquinho sobre cada música, mas aí esse um pouquinho acabou ficando grande e, bem... são onze músicas. Então eu vou falar rapidinho sobre elas num parágrafo só em poucos parágrafos. As três primeiras faixas, Abra o Coração, Nosso Deus e No Espírito de Deus Há, são versões de, respectivamente, Did you feel the mountains tremble? (Delirious?), Our God (Chris Tomlin) e Where the Spirit of the Lord Is (Chris Tomlin). As duas primeiras foram, definitivamente, as músicas do ano. Destaque para No Espírito de Deus Há, que samba na cara da sociedade brinca com a letra jogando um estilo techno na música. Se no Espírito de Deus há liberdade, por que não?

Depois temos Somente N'Ele e Amor Maior, composições de, respectivamente, Sally Poubel e do Pr. Michel (pastor da juventude da PIB Curitiba). São lindas! A primeira tem uma melodia envolvente, com notas longas no final dos versos (o que é muito legal pra dar vontade de cantar junto), e a intérprete, Dani Lima, tem uma voz linda. Amor Maior já é conhecida em Curitiba, gravada originalmente no álbum Compromisso e Adoração, da Pib de Curitiba, mas eu gosto muito mais do arranjo de Ao meu alcance. Já era boa, ficou ainda melhor!

Depois temos Quebrantado, que é uma música que eu, pessoalmente, não gosto. Sabe cisma? Eu costumava gostar dela como Sweetly Broken (Jeremy Riddle), mas depois enjoei e desgostei de todas as versões. Eu sei, é besteira. Quem não tem nada contra a música vai gostar. Mais Perto de Ti e Gratidão   são também da Sally Poubel. Essa guria é um talento! A música é linda e tem no MySpace dela. Quer saber como é o sotaque curitibano legítimo e carregado? Vai lá hahaha. Gratidão foi gravada pela Talita, que é a ministra auxiliar de adoração na PIB e Líder do ministério de louvor dos adolescentes e jovens. E tem uma voz de arrepiar. Excelso é de composição do Pr. Michel e... sei lá. É legal, mas não é ótima. Acho que ficou meio apagada no meio das outras. Não sei se foi a interpretação ou o quê... a letra é ótima, mas eu nem consigo me lembrar da melodia de cabeça, sabe.

Pra fechar o CD, Hosana, num arranjo bem mais rapidinho (e sem aquela voz derretida) que na versão da Mariana Valadão. Gosto mais. Por último, Tu És Bom, que eu sei que já ouvi a original, mas não lembro qual é... as duas dão vontade de dançar. São muito alegres! E encerrar um álbum que é um sonho de uma galera com Deus é bom o tempo todo é muito válido.

Depois de tudo isso, só tem um probleminha. Eu não sei onde vendem o CD. Quero dizer, comprei o meu lá na PIB, num estande, depois do culto, mas não sei se vende em outro lugar você pode comprar o seu pela internet, na loja do Dia a Dia com Deus. Também não encontrei todas as músicas pra ouvir no youtube, e algumas no Vagalume, sem áudio, e nenhuma delas no Letras.terra, o que é uma pena. São muito boas mesmo. UPDATE: dá pra ouvir todas as músicas do CD no Grooveshark. [Valeu, gente! ;)] Agora vou imitar a Cíntia e colocar os links que eu achei, com um ♥ do lado das minhas favoritas.

Abra o Coração
Nosso Deus 
No Espírito de Deus Há 
Somente N'Ele
Amor Maior
Quebrantado
Mais Perto de Ti
Gratidão
Excelso
Hosana
Tu És Bom

PS: Eu falo que eles fazem melhor ao vivo, e quando vou procurar os vídeos, mordo a língua - com que música? Quebrantado. Pois é. Acho que é porque eu não fui no culto de lançamento. Nos cultos que eu vou eles arrasam ;)

CD Ao meu alcance - Juventude da PIB de Curitiba

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Não gosto de ficar me preparando para ver um filme. Existem aquelas pessoas que, antes de ir ao cinema, procuram resenhas do filme, fazem de tudo para ler o livro antes, conversam com quem já assistiu... eu não leio nem a sinopse. Ou só a sinopse. Isso porque eu quero ter as minhas próprias impressões sobre o filme, e só depois saber o que o fulano achou. Porque às vezes o fulano é uma pessoa importante pras suas impressões, então você acaba achando um pouquinho do que ele achou. Como quando eu li sobre Enrolados no Inútil e acabei assistindo o filme pensando que o final alternativo que a Elisa inventou era o final de verdade do filme. Eu só quero ouvir a voz do filme, sabe?

Por isso eu entrei no cinema sabendo que: (1) o filme era uma adaptação de um livro, que faz parte de uma trilogia; (2) pelo trailer, deu pra ver que era um thriller envolvendo o assassinato de uma garota rica em um lugar esquisito; (3) havia mais garotas mortas nessa história.

Durante o filme eu lembrei que (1) o filme se chamava The Girl with the Dragon Tattoo em inglês, que é o mesmo título do livro em inglês; (2) que eu já tinha visto esse livro na Amazon entre os mais vendidos; (3) que o título original sueco era mais parecido com o título brasileiro (e depois eu descobri que pode ser traduzido como Os homens que odiavam as mulheres). Coisas que eu fiquei sabendo num podcast sobre nomes de filmes.

Eu saí do cinema sabendo que: (1) eu preciso ler esse livro, o que é uma pena, porque eu preciso ler mutos outros antes de precisar ler esse livro; (2) eu voltarei ao cinema para assistir as sequências; (3) eu precisava falar desse filme, mesmo sem saber muito o que dizer sem comprometer a história.

Enquanto fazia esse post eu descobri: (1) que existe um filme sueco e um filme americano. Apesar de só ter visto o trailer da versão sueca (que é a original), ela me pareceu um remake amador, desses que os fãs fazem, imitando as cenas do filme favorito; (2) eu não sei falar sobre filmes, talvez por não entender muito de cinema, mas eu ainda posso falar sobre a história.

Depois de ter visto o filme, li várias críticas ao livro. Críticas negativas, daquelas que dizem que o livro é muito mais badalado do que deveria ser, que a história em si não é grande coisa. Bom, pelo menos a história que ficou no roteiro é grande coisa. Nós queremos saber o que aconteceu com Harriet, dada como morta em uma ilha, mas cujo corpo nunca fora encontrado. 

As histórias paralelas, de Lisbeth e Mikael, também cumprem seu papel, especialmente porque eles têm senso de humor. Aquele humor estranho, que nem todas as pessoas entendem, mas que, talvez por isso, seja melhor que o humor besta daqueles filmes apelativos. E Lisbeth é muito sarcástica. Ela é incrível. Rooney Mara é incrível, e eu nem preciso dizer isso porque eu qualquer comentário desse filme, de uma linha que seja, há um elogio para a sua atuação. Incrível.

Ah, claro. Esse filme contém cenas de sexo. Não mostra demais, mas também não procura esconder muita coisa. Digamos que quem já viu não vai achar grande coisa. Mas quem se impressiona com tudo pode achar um escândalo. É muito relativo falar, né? Eu achei que não mostrou demais, na verdade, acho que os cortes foram feitos nas horas apropriadas - e que as cenas que existiram foram necessárias. Já a minha amiga, que assistiu ao meu lado, preferiu fechar os olhos. Então, se você preferir, pode fechar os olhos. Ah, e tampar os ouvidos.

Eu acho que eu descobri o grande segredo, do que aconteceu com Harriet, cedo demais, o que me decepcionou um pouco. Olha, foi nos minutos finais de um filme de quase três horas - que você nem percebe passar - então não foi tão mal assim. Ainda assim, quando eu descobri, vibrei sozinha na última fila pensando 'Que grande sacada!'. É, pois é... além de tudo, temos um final incrível.

Links:

Os homens que não amavam as mulheres (filme)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Esta casa de loucos!"

Eu poderia parar por aí porque o famoso bordão da matriarca Ursula resume bem a história toda. É uma casa de loucos. Mas que loucos? Que casa? Bom, parece que parar por aqui não é uma boa ideia, afinal.

A edição que eu li, essa antiga que ilustra o post, foi emprestada da Biblioteca de Humanas da UFPR. Acabadinha, mas muito lível. Pena é que alguém fez comentários a caneta em alguns trechos do livro. Gente, se o livro é seu, rabisquem como queiram. Mas se você não pretende ficar com eles para sempre, se pretende doar para uma biblioteca pública, então rabisque a lápis, pelo menos. Sério, atrapalha a leitura tanto quanto assistir um filme com alguém puxando chamando sua atenção o tempo todo pra fazer um comentário. Agora se esse livro foi rabiscado por alguém que pegou emprestado da biblioteca, eu não quero nem pensar, viu?

A tradução aqui é digna de nota. Dizem que tradução que é notada não é boa tradução, mas o caso aqui é diferente. É que em momentos específicos do livro, expressões que foram criadas pelo autor para exprimir alguma coisa muito específica no seu idioma ou na sua cultura, existem notas da tradutora Eliane Zagury sobre conversas que ela teve com o Seu Gabriel, explicando o que ele disse daquela expressão. Eu tive sentimentos bipolares em relação a essas notas. Amava, porque ficava ainda mais impressionada com a ideia do autor, mas odiava, porque ela não me deixava descobrir isso sozinha. A edição que eu quero ter é outra, com tradução de Eric Nepomuceno. Antes, só porque era a mais bonita do mundo. Agora, porque eu quero ler de novo e comparar.

O enredo trata a história de uma família, mas também de um povoado, por gerações e gerações, desde o início até o apocalíptico fim. Que a família Buendía é estranha dá pra perceber logo de cara. Bastaria mencionar que as sete gerações repetem sempre os mesmos nomes de José Arcadio, Aureliano, Úrsula, Amaranta e Remédios. Esse fato poderia tornar a leitura complicadíssima - e há quem não consiga ler sem uma árvore genealógica da família Buendía por perto - se a obra não fosse caracterizada pela construção tão minuciosa dos personagens, física, mas principalmente psicológica. Nessa casa de loucos, cada um tem hábitos, caráter e - por que não? - missão diferentes, mas ao mesmo tempo, cada Aureliano é exatamente igual ao outro, assim como cada Arcadio tem sua marca inconfundível de loucura.

A minha personagem favorita é a matriarca Úrsula, que eu comecei odiando. Sim, porque no início do livro ela me pareceu uma daquelas pessoas reacionárias que vive com medo de fazer algo grande, só porque pode dar errado. Eu me enganei. Úrsula é grandiosa, e só o fato de ter vivido tantos anos sem enlouquecer (ou será que eu é que não percebi sua loucura?) em meio a tanta loucura é um fato notável. Sem contar que carregou a família toda nas costas até o fim de seus dias, numa força inigualável que eu desejo possuir.

A história é bastante melancólica (claro que o livro foi super indicado pela Ju Fina Flor, que já gosta de uma leitura deprê, e que eu tinha certeza que tinha um post sobre ele, mas ainda não tem, não), tanto que eu recomendaria uma nova edição com um aviso de contraindicação para pessoas com tendência à depressão. Esse livro fez parte de um projeto de leitura a dois (a próxima leitura compartilhada será 1984), e eu quase tive que salvar meu companheiro da beira do precipício (sou exagerada?). Por isso eu não recomendo para todo mundo. Só para os fortes.

Mas se você for uma pessoa forte, não hesite. Eu quero que você se impressione, como eu me impressionei, com a capacidade criativa do autor. Eu quero que você termine um livro boquiaberto, como eu terminei, com um final totalmente previsível, mas, ainda assim, totalmente fantástico. Eu quero que você tenha a oportunidade de ler Cem anos de solidão, assim como eu quero que você tenha a oportunidade de apreciar o por do sol no Arpoador. Entendeu? É um desejo. Assim como se deseja um feliz ano novo, eu desejo uma leitura... não exatamente feliz. Seria bem paradoxal desejar uma feliz leitura de um livro tão melancólico. Mas uma leitura intensa, profunda e provocativa, isso eu lhe desejo. Do fundo do meu coração.

Outros links:
A resenha do meu companheiro de leitura.
Página do livro no Skoob

Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marquez)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"O tipo de livro que eu não imaginaria que você leria". Uma mistura de autoajuda com auto-biografia, e com certeza por isso se tornou um best seller. Cheio daquelas frases tocantes, sabe como é, não sabe? Cheio daquelas coisas que, no fundo, todo mundo sabe, só que às vezes se esquece. Por exemplo, que é bom ter um tempo só pra você. Ou que relacionamentos são difíceis. Ou que você precisa saber conviver consigo, com seus pensamentos e com sua própria solidão, antes de conviver com outras pessoas.

Não foi nada transformador. Francamente, quem se diz "transformada" por um livro como esse precisa de muita coisa na vida. Não que seja um livro ruim. Foi uma leitura agradável. Muito agradável, na maior parte do tempo. O ritmo do livro é quase sempre bem marcado. A personagem principal - a autora, né? - se expõe na medida certa. Você se sente próxima. E ela tem senso de humor, o que é ótimo. Mas, caramba, é um livro, com uma história, que nem é a melhor do mundo.

A narrativa mescla o tempo presente com os flashbacks que são uma espécie de por que eu cheguei até aqui. E eles são bastante frequentes na primeira parte que, paradoxalmente, fala sobre prazer. Digo paradoxalmente porque são lembranças bem feias, daquelas que a gente não quer lembrar. Divórcio, abandono, depressão, e esses sentimentos de falta de fé na vida que eu simplesmente não consigo aceitar, muito menos entender.

Então vem o prazer. Eu me lembro das aulas de sociologia no meu primeiro ano de faculdade (e ó, faz teeeempo) em que o meu professor dizia que o hedonismo (que é uma doutrina que afirma que o homem chega ao seu objetivo supremo através do prazer, mas que, na época, ele definiu apenas como a busca pelo prazer) era um grande mal dessa época. Outro paradoxo: essas pessoas que tão desesperadamente procuram o prazer, procuram nos lugares errados e pensam que encontraram. Elas não sabem sentir prazer.  Sabe aquele sujeito que sai de férias, mas não consegue relaxar? Aquelas pessoas que comem, mas não sentem o gosto da comida? Que viajam, mas não param pra apreciar o pôr do sol?

(Vamos abrir um parênteses para falar sobre a gastronomice do livro, já que ficou na categoria literatura gastronômica do Desafio Literário: eu fico com fome só de pensar nas delícias tão cuidadosamente descritas no terço italiano do livro. Basta?)

Mas parece que o prazer é feio. Porque depois sempre vem aquela culpa, né? Você está aí de férias, enquanto poderia estar ganhando dinheiro. Está comendo essas calorias que vão parar no seu quadril e não sairão nunca mais. E porque parou pra ver o pôr do sol, acabou pegando esse trânsito horrível na Avenida Iguaçu. Ou por que, afinal, você não deixa essa vida capitalista mesquinha para se dedicar a algo maior? Parece que a devoção é o oposto do prazer. Mas tem que ser? Elizabeth passou meses dentro de um ashram, num retiro espiritual. Todo o auto-conhecimento e a libertação dos fantasmas que ela ainda abrigava valeram a pena. Mas será que a devoção é mesmo o oposto do prazer?

Então vem o equilíbrio. E, com o equilíbrio, o amor. Chegam de mãos dadas, com suavidade, um empurrando o outro. O fato é que quando você está bem consigo, você consegue ficar bem com os outros. Quem não se suporta é mesmo insuportável. Então a busca pelo equilíbrio, na verdade, fala sobre todo tipo de relacionamento e sobre toda forma de amor.

Mas ninguém precisa ir à Itália para ter prazer na vida. Nem se trancar num retiro espiritual para se encontrar com Deus. Ou consigo mesmo. Muito menos passar em Bali para descobrir o que é ter uma vida equilibrada. E ninguém precisa ler Comer, Rezar, Amar para descobrir isso. Por isso que esse livro não transforma. Só fala de algumas coisas óbvias que talvez você não tenha prestado atenção.

Site da autora

PS: Estou lendo Comprometida e gostando muito mais.

Desafio Literário (de janeiro): Comer, Rezar, Amar (Elizabeth Gilbert)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Eu amo viajar, mas é bom voltar pra casa. Mesmo que não seja a casa dos seus sonhos, mesmo que não seja a sua casa definitiva... é bom ter para onde voltar. É muito bom saber que você tem um lugar para onde voltar. É bom seguir em frente, mas às vezes é preciso retornar. Mas às vezes é preciso voltar a ser. Aquela saudade de quem você era. Aquela vontade de ser de novo. Você pode. Você sempre pode voltar a ser.

É bom saber
É bom sentir os braços da graça
Saber que os meus erros estão encobertos pelo seu amor
É bom saber
É bom ver que você não muda
Quando está dito e feito, você sempre será suficiente
Saber que eu sempre posso voltar pra casa
É bom saber

Eu não duvido que não seja a primeira vez; também não tenho certeza se será a última. Provavelmente não. Mas isso não importa. O fato é que você sempre pode voltar. E permanecer. 

Olá, velho amigo
Eu sei que já faz algum tempo
Estou aqui outra vez e não será a última vez que eu caio
Mas você não vai me deixar ir longe demais
Você está falando ao meu coração.

O problema é que voltar implica deixar. Você não pode voltar pra casa e erguer ali dentro a barraca onde você morava. Por mais legal que fosse morar naquela barraca, agora você está em casa. E as coisas de camping ficam no quintal. Ou no armário da lavanderia. E o lixo, bem... o lixo vai pro lixo. O lixo tem que ir pro lixo. Por mais bonitinho que seja, logo ele vai atrair pestes para dentro de casa e você não vai querer isso. Será pior do que morar naquela barraca. Jogue o lixo fora.

Tchau, velho eu
Há muito mais que eu sei que eu posso ser
Então leve as minhas preocupações embora quando sair
Estou contando com a esperança
Porque eu nunca estou longe demais

É bom saber que você tem alguém com quem contar. É bom quando você não tem a sensação de que todo mundo foi embora da sua vida. É bom cultivar as pessoas. É bom ter uma porta onde bater numa noite de desespero, alguém pra quem ligar, mandar um email, uma DM... É bom saber que tem alguém do outro lado pra te fazer enxergar no escuro.

É bom saber que há uma segunda chance
Saber que está tudo em suas mãos
Mesmo quando eu não consigo entender
Porque eu sei que eu vou ficar bem
E vou conseguir enxergar o que há do outro lado
Às vezes é preciso passar pela escuridão
Para então abrir os olhos

Ah, e é mais do que bom poder contar com Deus. Em todo o tempo. É bom ter a confiança de que está tudo em suas mãos. De que vai ficar tudo bem. É bom ter certeza de que esse amor te envolve. Que suas coisas estão seguras em casa. Que você está seguro. Ele está cuidando.

PS: A Francesca Battistelli está no Perfil dessa semana na Rádio Free. Já viu?

Música da Semana: Good to Know - Francesca Battistelli

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Quem acompanha o blog sabe que estamos em ritmo de férias há algum tempo. Desde outubro. E a vergonha na cara? É aquela correria de provas finais, seguida da programação agitada das férias e da readaptação ao trabalho, voltamos com muito material. Muito mesmo. Tanto que nem cabe tudo no blog. Quer ver?

O twitter do blog já existe há algum tempo, mas quem segue sabe que ultimamente ele faz mais do que avisar que tem postagem nova. Para saber das novas postagens, além de nos seguir no twitter, você também pode assinar o feed e receber as atualizações no seu email ou no seu gerenciador de feeds (como eu, que uso o Google Reader). No twitter você também tem acesso a outras coisas legais que eu encontro nos blogs afora e ainda pode saber das novidades do blog - e não só das postagens - antes de todo mundo. Sigam-me os bons!


Essa é uma das novidades do ano. As conversas que a gente tem aqui a cada post serão mais frequentes na rede do milionariozinho, já que as postagens lá serão mais frequentes. Pra dar aquela rapidinha e ficar ligado sobre coisas legais, mas que não passarão por aqui. É só curtir!






Com tudo e + um pouco!
Você já entrou na onda do Google +? Eu já! Se estiver por lá, vem conversar lá na nossa página! Quem sabe não rola até um chat ao vivo, hein? Além das postagens do blog, imagens, vídeos e uma conversa legal com uma galera que só comenta por lá.




Ah, mais uma coisa! Se quiser sugerir, criticar ou comentar alguma coisa, mas não pra todo mundo, pode usar o email de contato do blog contato@comtudooquesou.com ou o formulário de contato na barra de links ali em cima, logo abaixo do cabeçalho. 



Estou muito feliz com o crescimento do blog, mais ainda porque eu tenho os leitores mais legais do mundo! (Desculpa, Inútil, mas os meus leitores são os melhores. Mesmo porque a Elisa não está no seu rol, só pra mencionar uma pessoa.) Obrigada pela presença de vocês! Vamos seguir juntos?

Com Tudo nas Mídias Sociais

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tudo começou com muitos livros e prateleiras bonitinhas (embora os suportes sejam muito chamativos e estraguem a beleza das prateleiras) pertencentes ao meu querido Hérlan, que, apesar de bonitinha, aparentemente não é um bom lugar de se viver, já que os livros ali expostos tem o péssimo costume de... se suicidar. (Nessa brincadeira, o meu exemplar de A menina que roubava livros, que eu emprestei e ele não leu, ficou todo sujo).

Bom, talvez isso explique...
Aí que reviramos as ruas da pacata Foz do Iguaçu (que não era tão pacata assim antes de eu conhecer a cidade grande) à procura de bibliocantos. Sabe, né? Bibliocantos. Aqueles aparadores de livros, que ficam nos  cantos, segurando para que eles não caiam. Entendeu? Biblio... cantos... biblio... Não inventei essa palavra, não! Pode procurar no Google ;)

A busca se iniciou pelo lugar onde, supostamente, se encontra de tudo. Nesta cidade de fronteira temos apenas um shopping, que possui apenas uma livraria e foi lá que... encontramos bibliocantos. Aqueles bonitinhos, engraçadinhos, que, além de cumprir sua função, servem como objeto de decoração na sua estante/prateleira. Muito legal, muito lúdico e muito caro. Ninguém precisa gastar quase duzentos reais para recuperar a sanidade mental de seus livros, né? Mesmo porque o mais simples bibliocanto de metal em L, daqueles que a gente encontra nas bibliotecas públicas, já resolve o problema. E um desses não deve ser tão caro assim. Além do mais, é uma coisa tão simples que é óbvio que em qualquer loja de departamentos... você não encontra uma pessoa que reconheça o substantivo bibliocanto como significante de um objeto aparador de livros. Percorremos as livrarias da Avenida Brasil, mas não encontramos um livreiro que soubesse que bolas estávamos procurando. Será que eu estava falando outra língua e não percebi ou esse objeto é estranho e incomum até nas livrarias?

A luz brilhou quando entramos em um sebo e vimos bibliocantos nas estantes. Não era pra vender, eram os bibliocantos deles... mas provavelmente ali encontraríamos alguém que soubesse o que eram bibliocantos - já é um alento para uma alma cansada que começava a pensar se não tinha sonhado com o objeto. Nos animamos para saber onde eles tinham comprado e se por acaso não teriam alguns sobrando que quisessem vender (ou doar, né?). Mas os sinos soaram por pouco tempo. Não, eles não tinham nenhum a mais e, além de tudo, compraram os bibliocantos junto com as estantes da loja, direto de uma fábrica de Curitiba. Pelo menos nos deram o contato. Parece que pior que comprar uma estante é comprar os acessórios pros seus livros. Se fosse proibido não seria tão difícil de achar, né?

Se você sabe onde eu posso comprar bibliocantos em Foz do Iguaçu ou em Curitiba, por favor me avise nos comentários! Se quiser mandar alguns de presente também pode. É só entrar em contato pelo formulário, pelo email comtudooquesou@gmail.com, pelo twitter @comtudooquesou... Lembre-se, você pode salvar um livro.

O caso do sumiço dos bibliocantos