sábado, 25 de junho de 2011

Dou-me por intimada para defender o réu John Grisham das acusações feitas neste post, alegando preliminarmente exceção de incompetência. Você não pode ser o acusador e o juiz, não mesmo. Não é justo.

Nunca tinha lido John Grisham. Depois de milhares de recomendações, animei. Eu gosto do gênero, mas não sabia se gostaria do estilo do autor. Escolhi o título por sorteio na estante da biblioteca. Não decepcionou. O legal é que a história de A Firma, pelo menos pelo que ele conta, é parecida com a história de O Negociador. Só que A Firma não envolve espionagem entre escritórios (que feio, hein? A ética  profissional manda lembranças...), mas sim um escritório de fachada para lavagem de dinheiro da máfia. (O que, convenhamos, torna as coisas muito mais interessantes). Mas vamos às acusações.

John Grisham é acusado por ter escrito O Negociador. Bom, não existe nenhum problema em um escritor escrever um livro. Da próxima vez que quiser acusar alguém, acuse direito. Você pode acusá-lo por escrever um livro com personagens fracos e enredo sem graça, mas não por escrever um livro com título "O Negociador", o que nos leva à próxima acusação.

Como The Associate virou O Negociador não é segredo pra ninguém. Foi a editora que publicou o livro no Brasil que mudou o título. Grisham não tem nada a ver com isso.

É, Felipe, acho que você escolheu o livro errado. A Firma tem agentes federais, programa de proteção à testemunha, perseguição pela máfia, perseguição pela polícia, tiros, bombas, mortes, microfones escondidos... O livro todo é cheio de ação! Ah, e foi o primeiro do Grisham a virar filme (foram dez ao todo adaptados para a telona).

Os coadjuvantes também são ótimos. O irmão que está preso, os sócios (especialmente um muito sinistro e misterioso), os capangas, e, claro, Abby, a esposa de Mitch. Até o cachorro, o vizinho e os sogros dele tem um lugar especial na trama.

O livro me deixou ligada, esperando sempre alguma coisa acontecer, até que... acontece! Mas o livro não acaba. Ainda ficam umas trinta páginas arrastadas, sem graça, praticamente um epílogo. John Grisham não conseguiu fazer um final arrebatador (como Sidney sempre faz, mesmo nos epílogos). Quando chega quase no finalzinho, parece que a pilha acaba. Perdeu a vontade de escrever? Ficou de saco cheio? Não sabe o que fazer no final? É mais ou menos essa a impressão. Mas se pensar que essas últimas páginas correspondem a menos de 10% do livro, vale muito a pena!

Meu pedido não é pela absolvição do Grisham. Mesmo porque, se escrever um livro é crime, não há como negar que ele tenha escrito. Mas como não é, não há acusação. O pedido que me resta é: Felipe, dá uma segunda chance pro John?

Alguém por aí, de preferência, que já tenha lido os dois livros, pode julgar essa causa?

A Firma - John Grisham

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nunca morri de amores por essa banda. Especialmente pela postura deles, que eu considero 'em cima do muro'. Aquela coisa "nós não falamos diretamente de Jesus porque queremos alcançar a todos, por isso questionamos o status quo". Aquela coisa de não querer ser conhecida como banda cristã. Não engulo. Mas de algumas músicas deles eu gosto muito. E isso é muita coisa pra alguém teimosa e cabeçuda que quando cisma que não gosta, boicota sem dó.Mas Gone... Bom, Gone é quase um hino. É forte, é verdadeiro, é marcante.

Não desperdice o hoje, porque hoje logo terá passado

Quem nunca teve a impressão de que o tempo está passando rápido demais? Meus dezoito anos já se foram. Junto com os dezenove, o primeiro aniversário do Com tudo o que sou. Quer saber? Voou! Passei muito tempo ocupada tentando descobrir como se vive, o que é viver e pra que se vive. Agora eu quero só viver.

A vida ainda vale a pena

Algumas pessoas tem aquela filosofia de viver intensamente. Eu agora também tenho uma filosofia. Eu vivo abundantemente. Diferente de live like no tomorrow, é viver em abundância. Não é fazer todas as loucuras que vierem à mente. É entender que a vida é mais do que os aborrecimentos que a vida traz. Curtir as alegrias e deixar os aborrecimentos pra lá. Abraçar as oportunidades. Comemorar. Comemorar muito. Cause today will soon be gone.

Música da Semana: Gone - Switchfoot