domingo, 24 de julho de 2011

Talvez vocês já tenham visto o anúncio da promoção em algum dos outros blogs que participaram do BookTour 'Namoro é coisa séria'. Caso ainda não tenha visto, está precisando conhecer uns blogs legais além do meu!

O sorteio terá um só ganhador, que levará um exemplar autografado de Namoro é coisa séria, além dos livros Adorador Insaciável e Deixados para Trás. O único problema dessa promoção é que eu não posso participar...

Pra quem pode, basta seguir um dos blogs do Book Tour (como o Com tudo o que sou) e clicar AQUI para preencher o formulário. Você pode preencher uma vez para cada blog participante que estiver seguindo. Quem segue o blog do Rodrigo Quirino, autor de Namoro é Coisa Séria, ou se adicionar o livro no Skoob. Mais uma chance de ganhar para quem responder à pergunta: "Por que poucas pessoas levam o namoro a sério hoje em dia?" São dez chances! Você não vai perder, vai?

Aproveite para reler as resenhas do BookTour Namoro é coisa séria:

Promoção: Namoro é coisa séria

sábado, 23 de julho de 2011

Eu tinha medo de Amélie. Não que eu a conhecesse. Só de ouvir falar. E dessa foto aí ao lado. Assustadora, não? Já ouvi dizer que é um filme romântico, fofo, mas eu sempre achei meio esquisito. Afinal, como pode o fabuloso destino de alguém ser romântico e fofo? Quem é essa Amélie, afinal, pra ter um destino fabuloso? Alguma artista do Moulin Rouge?

Um dia, eu li a sinopse. (Aham, todas essas impressões só por algumas imagens no filme. Será que eu sou uma pessoa analítica?)
Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor. (Sinopse do Adoro Cinema) 
Impressionante, não? Não. Afinal, por que fazem essas sinopses que não dizem nada? De alguma forma funcionou, porque eu fiquei curiosa. De que forma a vida sem graça de uma garota que resolve fazer a corrente do bem pode ser um destino fabuloso? Bom, em outro filme assim o mocinho morre no final. Hm... talvez ela saia pelo mundo fazendo coisas legais para as pessoas! Isso seria legal. Por isso o 'destino'. Ela viaja num destino fabuloso ajudando desconhecidos. Talvez seja um daqueles filmes bonitinhos, emocionantes... por isso fofo, né?

Foi justamente por ter uma percepção completamente diferente do que poderia ser esse filme, que eu acabei assistindo da forma mais despretensiosa possível. Porque logo no início eu descobri que não era nada daquilo que eu pensava, então só me restava assistir pra descobrir o que acontece depois. É o que eu gosto mais. Ficar na expectativa do que acontece depois. Melhor do que saber o que acontece e ficar se decepcionando com o desenrolar da história. (Eu sempre tenho expectativas muito altas).

Descobri logo que Amélie Poulain não é um dramalhão com uma lição de vida. É leve e divertido. Os créditos iniciais já dão o clima. A narração é engraçadinha. Os personagens são caricatos. E a Amélie não é a Madre Teresa da França. (Porque gente boazinha demais é dose, né?) As partes mais engraçadas são as que ela apronta, as ideias que ela tem pra ajudar e pra castigar os outros.

Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain (porque em francês é mais bonito) é a comédia na medida certa. Não é comédia retardada, apelativa, não abusa da inteligência do espectador. É comédia gostosa de se ver, só ou em boa companhia. Não é daquelas que lhe faz cair do sofá de tanto rir, mas carimba um sorriso no seu rosto por pelo menos uma semana. Amélie Poulain, afinal de contas, cumpre o que promete: faz um bem retado à gente.

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

sexta-feira, 1 de julho de 2011

É, a ideia era ler também alguma peça brasileira, mas não deu. Foi difícil escolher outras peças que não fossem dele, mas não deu pra ler outra coisa. Esse mês foi de Shakespeare. Li três comédias em um volume único, mas uma delas foi releitura (não conta para o DL).

Foto: divulgação do filme The Tempest
A Tempestade
Um duque italiano levou um golpe do próprio irmão para assumir o ducado, sendo enviado para uma ilha deserta - e distante - e dado como morto. O ex-duque, por sua vez, passa a perna na feiticeira da ilha, adquire seus poderes e torna seu escravo o monstrengo Calibã, filho da feiticeira morta. Quando descobre que o navio da Corte Real está por perto, faz com que uma tempestade leve todos para a ilha e arma sua vingança.
No início da história fica meio difícil de entender do que eles estão falando - como quando a gente vai passando pelos canais e cai no meio de um filme. Aí, em poucas páginas, Próspero (o ex-duque) conta todo o seu plano, ou seja, toda a história. O enredo não é sobre o que acontece, é sobre como acontece, porque enquanto realiza seu plano de vingança e reconquista, Próspero resolve se divertir com os náufragos.
O destaque vai para os coadjuvantes. A historinha paralela entre Estéfano, Trínculo e Calibã, fazendo planos para dominar a ilha. E, claro, o vento, que também é um personagem, chamado Ariel.


Foto: Titânia e Oberon
Sonho de uma Noite de Verão
Essa peça eu já conhecia. Li e quase atuei/dirigi quando estava na oitava série. Depois nós mudamos de ideia e eu fui a Rosa em O Pagador de Promessas (Rá! Essa ninguém sabia, né?).
A história na verdade conta várias histórias, todas muito fofas e divertidas. Tem o casamento de Teseu e Hipólita, pano de fundo para toda a história. Tem o quadrado amoroso de Hérmia, que ama Lisandro, mas que está prometida para Demétrio, por quem sua amiga, Helena, é apaixonada. Os quatro vão parar no meio de uma floresta quando Lisandro e Hérmia resolvem fugir. Nesse momento, Puck, a mando de Oberon, rei dos elfos, apronta com os quatro, causando a maior confusão, e prega também uma peça em Titânia, a rainha das fadas, fazendo-a se apaixonar por um homem com cabeça de asno. O coitado só estava ensaiando uma peça para apresentar no casamento do duque!

Mas, entre todos, o que eu queria mesmo ler era...

Foto: Divulgação.
O Mercador de Veneza
Porque o julgamento de Shylock é épico! Depois de ver tantos comentários jurídicos sobre a peça eu tinha que ler, tinha mesmo. Só não li antes porque não tinha encontrado em português na biblioteca (não tenho paciência pra ler Shakespeare em inglês arcaico, não, você tem?). Mas bem, poderia fazer um milhão de outros comentários jurídicos, mas vou falar só da história.
O caso é o seguinte: Bassânio quer se casar com Pórcia, mas pra isso precisa de um dinheiro. Pede o dinheiro emprestado a Shylock, tendo como fiador seu amigo Antonio. O contrato diz que, caso não paguem a dívida, Shylock terá direito a um quilo de carne do peito de Bassânio, na região do coração. Bassânio viaja para fazer a corte a Pórcia e acaba ficando seu noivo. Logo depois, descobre que os navios de Antonio naufragaram e que, sabendo disso, Shylock foi cobrar a dívida. Retorna a Veneza para o tribunal e consegue livrar seu amigo graças à inteligência da esposa.
Existem muitos destaques nessa história, mas acho que o mais legal é que a mocinha não é só uma mocinha... Em geral, as mulheres e Shakespeare são tolas apaixonadas. Pórcia se destaca não só por ser bela e rica, sua esperteza faz a diferença, mudando os rumos da história. A peça mais legal que já li até hoje!

Peças de teatro são um pouco difíceis de se ler quando não se está acostumado. Às vezes fica um pouco confuso, algumas coisas não estão escritas (não existe 'disse Fulana, sorrindo enquanto pensava em...'), mas esse exercício de imaginação se torna muito interessante depois de pegar o jeito!

Desafio Literário: Shakespeare