segunda-feira, 30 de maio de 2011

Eu sempre fico com pena de falar mal de um livro. Ah, não falar mal... Viu? Primeiro sintoma, querer usar eufemismos. Eu não gostei do livro, fato. Fico aqui tentando entender o porquê, mas não sei ao certo. Um livro premiado, sobre a cobertura jornalística de um fato histórico importante e recente, escrito por um jornalista super conceituado... o que faltou? Não, não faltou nada. Só que eu esperava outra coisa.
É bem diferente do outro livro do DL esse mês. Não é uma história que foca em alguém, apesar de ser uma espécie de diário de viagem. O livro narra fatos, acontecimentos, encontros. Alguma aventura do jornalista também, mas nem isso me deu adrenalina suficiente. Terminei de ler por teimosia, porque vontade não tinha, não.
Ah, claro... pra quem quer saber sobre a guerra que dividiu a Iugoslávia SETE países, é bem legal. Sob essa perspectiva eu gostei, porque é um jeito interessante de aprender sobre algum fato histórico. 'Ouvir' de alguém que esteve lá, que conversou com pessoas de lá, bem melhor do que simplesmente pesquisar na Wikipédia.
Agora a dúvida que eu tenho é: Livro-reportagem é A Batalha de Sarajevo, A Sangue Frio, ou os dois? Porque são tão diferentes...
Se mesmo assim você se interessou:
Comprar: Estante Virtual (esgotado nas livrarias! É, parece que sou do contra mesmo =P)

Desafio Literário: A Batalha de Sarajevo - Leão Serva

domingo, 29 de maio de 2011

Eu poderia ter sido brilhante e misturado a resenha desse livro com os trinta meses de namoro, mas a ideia só veio quando eu já tinha terminado o post. E também, não sei se teria ficado 'fofo' como aquele post.

Eu não sou uma pessoa séria. Não sou mesmo. Mesmo quando minha cara é séria, eu posso muito bem estar zoando com a sua cara. Não ser uma pessoa séria não quer dizer que eu não leve nada a sério. Bom, quer dizer que eu levo muita coisa na brincadeira, mas existe assunto sério e namoro definitivamente é um deles.

Sou daquelas pessoas que colocam regras sobre si. Tenho meu próprio código de ética ainda não escrito. Posso mudar de ideia dez vezes no mesmo dia sobre um milhão de coisas, mas quando o assunto é sério, eu decido uma vez só. E vai convencer essa cabecinha dura a mudar de ideia...

Dentro desse livro, que é pequenininho - foi o que mais me surpreendeu, o tamanho do livro, finiiiiinho!! Não dá pra usar a preguiça como desculpa - cabem muitas das minhas regrinhas de conduta no namoro, embora eu não possa dizer que concorde com tudo. Em alguns pontos discordo, por motivos muito pessoais e específicos, e que não acho que valem pra todos, então dispensam comentários. É uma leitura super recomendada pra quem não está namorando e quer namorar, né? Porque se não quiser, nem precisa...

Digo isso porque, apesar do autor volta e meia falar que 'se você não está vivendo isso, ainda é hora de mudar sua conduta...', é óbvio que o livro é muito mais útil pra quem ainda não namora, até pela ênfase em começar do jeito certo. Nesse sentido o conteúdo é excelente. Trata todos os temas pertinentes de forma direta e muito clara.

O único ponto fraco é a linguagem. Opinião minha, tá? Muita gente achou isso um ponto favorável, tanto que está destacado na contra-capa. Logo nas primeiras páginas, achei a coisa meio estranha. Quando vi que ele era palestrante, pensei até que fosse a transcrição de alguma palestra, porque a linguagem é MUITO informal. Mais ou menos como eu escrevo aqui no blog, mas bem... é um blog, né? Eu sou enjoada, e pra mim linguagem de livro tem que ser diferente. Escrever um livro fazendo de conta que é uma conversa fica estranho.

Aí tem a questão de público. A linguagem simples se justifica no público jovem. Mas sei lá... nunca gostei desse negócio de linguagem facilitada por causa da idade das pessoas (se bem que eu sou meio escaldada com esse negócio de idade, né?). Não é porque o público é jovem que você precisa falar de maneira mais fácil. Adequação de vocabulário é uma coisa, idiotizar as pessoas é outra... Além disso, me disseram que outros livros dessa editora seguem a linha 'linguagem simplificada', então não dá pra 'jogar a culpa' no autor. Mesmo porque, uma boa revisão poderia resolver isso. E eu só dei atenção a isso porque sou chata.

Por fim, acho uma leitura excelente, principalmente pra quem começa a pensar em namorar. Sabe aquela idade entre doze e catorze anos? Pelo menos no meu tempo essa era a idade... Também para quem tem dúvidas e não sabe a quem perguntar.. Pra quem quer responder, mas não sabe como... São valores familiares, universais. Coisa muito, muito séria.

Links: Skoob - Blog do autor - Email do autor (O livro pode ser adquirido diretamente com o autor através do email)
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Essa resenha faz parte do BookTour Namoro é coisa séria, organizado pela Fernanda.
Blogs participantes:
Nanda Meireles Blog - Adriana Brazil - Pensamentos by Nathy - Free to be me - Com tudo o que sou - Livros da Pris - Belbellita

Booktour: Namoro é coisa séria - Rodrigo Quirino

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A primeira coisa que eu faço ao chegar no escritório é tirar os livros da bolsa (e a última é colocar os livros na bolsa. Mas por que você não deixa os livros lá? Porque são meus, eu os amo e preciso deles perto de mim! #louca). Aí com os livros todos na minha mesa sempre tem alguém pra comentar minhas opções literárias ou pra perguntar se o livro é bom.

E aí, esse livro é bom? 
É ótimo. 
Em que parte você está? 
Acabei de terminar o prefácio.

Vocês sabem que eu não me empolgo à toa. Estou tentando enganar a quem? Todo mundo sabe que eu me empolgo à toa. Mas dessa vez não desperdicei elogios. O autor, apesar de nunca aparecer na narrativa, é a personagem principal. Ele viu a notícia sobre o assassinato da família Clutter e pensou que isso daria um bom livro. Fez as malas e partiu para o Kansas. Resultado: "a verdade é que eu escrevi uma obra-prima, e vocês não". Baixinho invocado, né?

Um livro que fala sobre homicídio, pena de morte, criminologia é um prato cheio pra falar um monte de coisas jurídicas, mas vou tentar me conter. É uma história real, claro, sobre os Clutter e seus dois assassinos, desde o dia do fato típico crime até a execução dos condenados. Sim, é um livro onde você já sabe toda a história, porque está escrito na capa. A pergunta que ficou na minha cabeça durante todo o livro foi 'Por quê?'

Enquanto eu tentava descobrir porque eles executaram a sangue frio quatro pessoas que nem conheciam, acabei conhecendo Perry e Dick, duas personalidades perturbadoras. Perturbadoras pra mim porque, ao conhecer a história da vida deles, percebi que já cruzei com muitos semelhantes a esses. Eu não consigo olhar pra alguém que tenha cometido um crime e não pensar que essa pessoa precisa de ajuda. (Aimeudeus, cá estou eu juridicando a resenha!)

Vamos falar da técnica. Truman Capote disse que inaugurou o romance sem ficção. Fato: foi a história baseada em fatos reais mais real e mais romanceada que eu já li. Não é a história de um fato. É a história de pessoas. De quase todas as pessoas envolvidas. E quando eu pensei que daria um excelente filme, descobri que já existem dois. (Dizem que os filmes são bem cult, mas o @felipe_fgnds diz que eu sou isso, né?)

Desafio Literário: A Sangue Frio - Truman Capote

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Essa música é a minha cara. Ela é engraçada. Parece infantil, bobinha, mas fala muito. Não é do tipo que as pessoas ouvem e falam 'que linda!'. A beleza está no que ela é. Não uma música que quer ser bonita, mas que quer falar alguma coisa, com um jeitinho diferente, próprio. Ela é atrapalhada e parece meio maluca. Mas ela é normal. Não, não é, não. É meio maluquinha mesmo.

Eu perdi minhas chaves
Num mundo desconhecido
E liga pra mim, por favor,
Porque eu não acho meu celular

É, nesse exato momento eu não sei onde está a minha cópia da chave de casa. E o celular é uma coisa que vive se metendo nos cantos mais difíceis da minha bolsa. Já viram alguém que consegue esquecer a carteira no escritório? Ou ir pra aula e esquecer o caderno em casa? Sério, eu já fui menos destrambelhada, mas essa tem sido uma característica marcante da minha pessoa. Quando vi que ela também tinha perdido a chave de casa, quis ligar pra dar um oi pra minha colega. Só que ela perdeu o celular e eu não sou de telefonemas.

Essas são as coisas que me deixam maluca
Essas são as coisas que estão acontecendo comigo ultimamente
No meio da minha baguncinha (eufemismo?)
Eu esqueço de como sou abençoada

Mesmo doida, ela quer dizer uma coisa muito importante. Por mais doida que a vida seja, por mais bagunçada que ela esteja, não se esqueça que existe um Deus. Um Deus que vigia seus passos, que cuida da sua vida. Que sabe o jeito certo de lhe surpreender.

Eu tenho que confiar que você sabe exatamente o que está fazendo
Pode não ser aquilo que eu escolheria, mas são essas coisas que você usa

Pessoas como eu e Francesca ouve toda hora que 'isso só poderia acontecer com você mesmo'. Mais uma das coisas que só acontecem comigo? Não, não existem coincidências. Foi mais uma das coisas-de-Deus. Coisas que Deus usa pra cumprir seus propósitos. Porque eu creio em um Deus que cuida de todos os detalhes da minha vida. Não é por acaso, é por Deus.

Música da Semana: This is the Stuff - Francesca Battistelli

segunda-feira, 16 de maio de 2011

18/10/2008
É, mais de 30 meses ;)
Eu coleciono lembranças. Sou a rainha do papel de bombom. Dos bilhetes, dos recados, das conversas guardadas e repetidas na memória. As lembranças são muito importantes pra mim porque, na maior parte do tempo, elas são tudo o que eu tenho. Se eu pareço dramática, é porque você não sabe o que é sentir saudades... Ah, você sabe, sim.

Completar trinta meses de namoro (ou dois anos e meio, mas eu prefiro o número mais inteiro) não é comum. Menos ainda quando metade desse tempo namoramos à distância. Mas o amor não é uma coincidência, é uma atitude. É fruto do nosso esforço, da nossa vontade e persistência. É claro, também da vontade de Deus. Foi ele quem nos apresentou e escreveu a nossa história de um jeito único, do tipo que não se encontra nos livros... 

Não é uma história perfeita. Muitas lágrimas foram derramadas, e não foram todas de amor, de felicidade ou de saudade. Várias delas foram de tristeza e mágoa, mas também com lágrimas aprendemos a perdoar. Aprendemos que o nosso relacionamento depende de nós. Nós temos que fazer dar certo, não é isso que eu sempre falo a você?

Assim como esse coração pela metade na sua aliança que só se torna um coração de verdade com o a metade que está comigo, a minha própria vida faz muito mais sentido junto da sua. Não é nula, não é incompleta, é melhor. Mesmo longe, lembrar que você existe me dá forças pra terminar o dia. Porque o fim do dia é um dia a menos pra ficar longe de você. 

Em momentos como esse as lembranças não lembram só o que já vivemos, mas o que viveremos. Os planos, os sonhos, as ideias, os projetos. Nossa casa, nossos filhos, nossa vida, tudo o que será. Será, sim. Chegará. O futuro nos espera, e não demora. Porque é muito difícil ficar assim tão longe, mas não é pra sempre. Logo, será mais uma lembrança.

Lembranças

sábado, 14 de maio de 2011

Essa pessoa da capa não dá
um medinho?
O tema desse mês é livro-reportagem. E não, não tem nada a ver com a resenha que eu estou postando. Isso porque essa resenha é do mês anterior. A  intenção era mandar a resenha pro DL e depois postar, mas semanas se passaram e a resenha não nasceu.

 O meu desempenho de abril no Desafio Literário foi de imenso fracasso. A ideia era fazer uma resenha só, comparando as visões futurísticas de Aldous Huxley e George Orwell (uma ideia tão revolucionária que, antes que eu a executasse, ela chegou prontinha no Reader). Mas eu não li 1984 - todos os exemplares da biblioteca estavam emprestados. Ô, livrinho caro, né, gente?

As primeiras páginas do Admirável Mundo Novo foram fortes pra mim. Fiquei com nojo da condição tão desumana a que tantos humanos se submetiam na ficção de Huxley. A criação de seres humanos como máquinas fabricadas, produzidas em série, artificialmente criadas e condicionadas para cultuar os valores bons para a manutenção da comunidade. Eu ficava o tempo todo pensando no que aconteceria se uma dessas máquinas quase-humanas quebrasse o padrão. Aí é possível comparar com a manipulação de massa do nosso mundo, mas, bem... Acho que o caso é bem mais grave.

Pessoas que não sentem, não pensam, não refletem, não imaginam. O mundo da mediocridade. Todos têm a vida perfeita. Não envelhecem, não engordam, não adoecem, estão sempre satisfeitos. Se não estão, tomam um grama de soma e se sentem bem. Não existem relacionamentos. A palavra 'pai' é piada pronta. 'Mãe' é palavrão. 'Filho' é uma vergonha e 'cada um pertence a todos'. Sim, a promiscuidade faz parte das relações sociais (essa é a palavra exata usada no livro). Uma sociedade feita de nada. Estamos caminhando para isso? Estamos. Chegaremos lá? Duvido.

É paradoxal demais eu ter achado a história horrível e mesmo assim achar que todo mundo tem que ler? Porque a história em si é nojenta, mas é muito bem contada. O livro é bom e a história é péssima. Pode ser? Alguém já se sentiu assim com um livro? Estranho, eu sei...

Desafio Literário: Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

domingo, 8 de maio de 2011

Eu sou música. Sou voz e violão. Sou rock'n roll. Sou as quatro fases da lua. Sou céu cinza, com neblina geladinha e alguns raios de sol entre as nuvens. Sou aquela fumacinha que sai da boca quando está frio. Sou uma bolsa laranja que custou uma bagatela e durou uma vida. Sou café com leite e croissant de frango com requeijão.

Eu sou o corpo bronzeado de sol, daquela que vai pra praia só pra ficar torrando e de vez em quando molhar os pés e sentir as ondas batendo nos joelhos. Sou aquela que morre de medo das ondas e acha que água na cintura é muito. Eu sou água de coco. Água de coco. Água de coco. Muita água de coco e caldo de cana. Eu sou um bom livro. Romance, suspense, caso de polícia, autos de execução de título extrajudicial.

Eu sou aquela que ama trabalhar. Sou aquela que decide muito, e que algumas vezes decide várias vezes sobre a mesma coisa. Sou aquela que decide e coloca um ponto final, e se obedece. Sou aquela que de vez em quando passa por umas crises, que chora e pergunta 'quem será que eu sou?'. Sou aquela que, no fundo, sempre soube quem é. Sempre sabe. Eu sei.

Eu sou gérberas. Eu sou laranja. Eu sou sorvete de maracujá, suco de maracujá, mousse de maracujá, chá preto com marcujá... Eu sou um monte de cachinhos soltos, ao vento. Eu sou um beijo com sorvete. Eu sou uma tarde de sol num inverno gelado. Eu sou uma tarde namorando no Jardim Botânico.

Eu sou uma metamorfose constante. Porque mudar de ideia é bom, e disso eu não tenho vergonha nenhuma.

Inspirado na Ju, que se inspirou em uma tal de Marta.

Eu sou...

Não sei quantos repararam as singelas mudanças que ocorreram aqui. Se ainda não percebeu, preste bem atenção que não está tão escondido assim. Mudar faz parte de mim. E tem que mudar muito, mudar mesmo. Mudar os móveis de lugar, cortar o cabelo bem curtinho, comprar roupas novas, mudar layout do blog, aprender um idioma, mas o que eu mais faço é trocar de preferência. Tanto é que só tenho duas preferências: meu namorado e minha cor favorita. (Qual será?) Nem adianta escolher uma música, filme, livro preferido, porque daqui a pouco vem outro... Eu nem tenho um gênero preferido, isso também vive mudando.

Mas eu nem vim aqui pra falar de como eu gosto de mudar. Vim pra dizer que o layout do blog deve mudar novamente em breve (esse foi só um negocinho que eu fiz pra poder mexer nele, que já não aguentava mais aquela roupinha antiga) e pra mostrar as principais mudanças.

Lá em cima temos um cabeçalho novo (Gostaram? Foi o @neinino quem fez. Tem que servir pra alguma coisa, né?) com alguns links embaixo. O primeiro abre a página inicial do blog. O segundo vai para o meu outro blog, o Verbete Legal. É onde eu falo mais sobre o mundo jurídico, mas não precisa fazer parte desse mundo pra entender, até porque, a ideia lá é descomplicar. O link seguinte é do Tumblr, que tem um objetivo bem específico: guardar as citações dos livros que eu leio.

A outra novidade está aqui embaixo, nos comentários. Eu pesquisei, procurei, testei... e o Disqus ainda é o sistema menos ruim. Ainda estou fazendo alguns ajustes nele, mas espero que logo esteja tudo certinho. Nas minhas experiências aqui ele até que não demorou pra carregar (pelo menos não como já vi em outros blogs). Mesmo assim, qualquer problema é só entrar em contato pelo twitter @comtudooquesou ou pelo formulário de contato que também está na barra de links lá em cima.

É isso, acabou a quarentena. Bem-vindos ao novo Com tudo o que sou.

(Ei, eu vou gostar muito de saber o que vocês acharam, mesmo sendo provisório, tá?)

Novidades (sério?)