sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Os homens que não amavam as mulheres (filme)

Não gosto de ficar me preparando para ver um filme. Existem aquelas pessoas que, antes de ir ao cinema, procuram resenhas do filme, fazem de tudo para ler o livro antes, conversam com quem já assistiu... eu não leio nem a sinopse. Ou só a sinopse. Isso porque eu quero ter as minhas próprias impressões sobre o filme, e só depois saber o que o fulano achou. Porque às vezes o fulano é uma pessoa importante pras suas impressões, então você acaba achando um pouquinho do que ele achou. Como quando eu li sobre Enrolados no Inútil e acabei assistindo o filme pensando que o final alternativo que a Elisa inventou era o final de verdade do filme. Eu só quero ouvir a voz do filme, sabe?

Por isso eu entrei no cinema sabendo que: (1) o filme era uma adaptação de um livro, que faz parte de uma trilogia; (2) pelo trailer, deu pra ver que era um thriller envolvendo o assassinato de uma garota rica em um lugar esquisito; (3) havia mais garotas mortas nessa história.

Durante o filme eu lembrei que (1) o filme se chamava The Girl with the Dragon Tattoo em inglês, que é o mesmo título do livro em inglês; (2) que eu já tinha visto esse livro na Amazon entre os mais vendidos; (3) que o título original sueco era mais parecido com o título brasileiro (e depois eu descobri que pode ser traduzido como Os homens que odiavam as mulheres). Coisas que eu fiquei sabendo num podcast sobre nomes de filmes.

Eu saí do cinema sabendo que: (1) eu preciso ler esse livro, o que é uma pena, porque eu preciso ler mutos outros antes de precisar ler esse livro; (2) eu voltarei ao cinema para assistir as sequências; (3) eu precisava falar desse filme, mesmo sem saber muito o que dizer sem comprometer a história.

Enquanto fazia esse post eu descobri: (1) que existe um filme sueco e um filme americano. Apesar de só ter visto o trailer da versão sueca (que é a original), ela me pareceu um remake amador, desses que os fãs fazem, imitando as cenas do filme favorito; (2) eu não sei falar sobre filmes, talvez por não entender muito de cinema, mas eu ainda posso falar sobre a história.

Depois de ter visto o filme, li várias críticas ao livro. Críticas negativas, daquelas que dizem que o livro é muito mais badalado do que deveria ser, que a história em si não é grande coisa. Bom, pelo menos a história que ficou no roteiro é grande coisa. Nós queremos saber o que aconteceu com Harriet, dada como morta em uma ilha, mas cujo corpo nunca fora encontrado. 

As histórias paralelas, de Lisbeth e Mikael, também cumprem seu papel, especialmente porque eles têm senso de humor. Aquele humor estranho, que nem todas as pessoas entendem, mas que, talvez por isso, seja melhor que o humor besta daqueles filmes apelativos. E Lisbeth é muito sarcástica. Ela é incrível. Rooney Mara é incrível, e eu nem preciso dizer isso porque eu qualquer comentário desse filme, de uma linha que seja, há um elogio para a sua atuação. Incrível.

Ah, claro. Esse filme contém cenas de sexo. Não mostra demais, mas também não procura esconder muita coisa. Digamos que quem já viu não vai achar grande coisa. Mas quem se impressiona com tudo pode achar um escândalo. É muito relativo falar, né? Eu achei que não mostrou demais, na verdade, acho que os cortes foram feitos nas horas apropriadas - e que as cenas que existiram foram necessárias. Já a minha amiga, que assistiu ao meu lado, preferiu fechar os olhos. Então, se você preferir, pode fechar os olhos. Ah, e tampar os ouvidos.

Eu acho que eu descobri o grande segredo, do que aconteceu com Harriet, cedo demais, o que me decepcionou um pouco. Olha, foi nos minutos finais de um filme de quase três horas - que você nem percebe passar - então não foi tão mal assim. Ainda assim, quando eu descobri, vibrei sozinha na última fila pensando 'Que grande sacada!'. É, pois é... além de tudo, temos um final incrível.

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