sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Explicando o que não preciso pra quem não tem obrigação de saber

Eu sempre encho a paciência da minha mãe porque ela explica demais as coisas. Não basta ligar e dizer 'sinto muito, não posso'. Ela tem que contar com detalhes porque ela não pode. Não importa se a pessoa não quer ouvir, ou se ela não precisa ouvir, ou mesmo se é melhor pra todo mundo que ninguém fique sabendo disso. Ela acha que deve explicação pra todo mundo. Não deve, mãe. Mas do que eu estou falando? Vim aqui só pra me explicar hehe

Estava feliz e sorridente com um ritmo consistente de postagens. Começou com dia-sim-dia-não e acabou ficando uma por dia. E eu afirmo, era pra continuar assim. Não foi culpa minha, não. Ou talvez foi. É que aconteceram coisas, surgiram prioridades, sabe como é. Por exemplo, era pra eu ter postado aqui a resenha da biografia de Monteiro Lobato, do Desafio Literário. Aliás, vocês nem estão sabendo ainda. Eu tive que mudar as duas biografias. Não achei a Olga nem a Christiane F. na biblioteca. Fiquei com Monteiro Lobato e Virgolino Lampião e estou feliz da vida com a troca. Aguardem ;)

Então, o que aconteceu? Já que vai explicar termina de contar, né? Aconteceu que na semana passada eu passei no oftalmologista.Aquele médico chato que diz que você não estava usando óculos direito quando você sabe que estava, que seu grau aumentou demais e a culpa é sua, que agora você tem que usar o óculos direito, mais vezes. (Oi, tenho que usar óculos enquanto estiver dormindo? Pelo menos nos meus sonhos eu tenho que enxergar bem SEM óculos, né?) Aí que a pessoa teve que trocar as lentes dos óculos e não achou uma ótica decente nessa cidade que fizesse pro outro dia. Imagine minha depressão ao saber que não poderia ler de quarta até segunda-feira. E só ficaria pronto às cinco da tarde! Quando cheguei em casa, eu chorei. Não foi por esse motivo, mas vamos fingir que foi para adicionar um drama na história, ok?

Então, fiquei quarta e quinta-feira olhando pra esse livro enorme, com um bico infantil e uma vontaaade de ler muito grande, mas não li nada. Tentei. Não li. Fazer o quê? Vida difícil essa das pessoas que enxergam menos que as outras! Por isso ainda faltam 100 páginas da biografia quando eu já devia ter terminado. Por isso e porque meu namorado apareceu de surpresa no fim de semana. Não troco meu namorado por um livro. Especialmente um namorado que mora a muitos quilômetros de distância e que vem me ver poucas vezes, sempre muito rápido.

Ah, teve mais uma coisa também. Vocês sabem que eu trabalho lendo. Sem ler, não dá pra trabalhar. Tenho pilhas de livro em minha mesa e minha vergonha na cara não me deixa fazer outras coisas quando eu tenho prioridades. Sim, eu tenho prioridades na minha vida. E como o que paga as contas são os livros e não o blog... sinto muito, querido. Fica pra depois, tá?

Agora vamos trabalhar que já expliquei demais. Nem sei porque eu fiz isso! Ah, sei, sim. Porque eu falo da minha mãe, mas faço igualzinho. Pago língua. Cuspo pra cima pra cair na testa. Vai ver que eu acho bom, né? 

Não acho, não.