segunda-feira, 16 de maio de 2011

Lembranças

18/10/2008
É, mais de 30 meses ;)
Eu coleciono lembranças. Sou a rainha do papel de bombom. Dos bilhetes, dos recados, das conversas guardadas e repetidas na memória. As lembranças são muito importantes pra mim porque, na maior parte do tempo, elas são tudo o que eu tenho. Se eu pareço dramática, é porque você não sabe o que é sentir saudades... Ah, você sabe, sim.

Completar trinta meses de namoro (ou dois anos e meio, mas eu prefiro o número mais inteiro) não é comum. Menos ainda quando metade desse tempo namoramos à distância. Mas o amor não é uma coincidência, é uma atitude. É fruto do nosso esforço, da nossa vontade e persistência. É claro, também da vontade de Deus. Foi ele quem nos apresentou e escreveu a nossa história de um jeito único, do tipo que não se encontra nos livros... 

Não é uma história perfeita. Muitas lágrimas foram derramadas, e não foram todas de amor, de felicidade ou de saudade. Várias delas foram de tristeza e mágoa, mas também com lágrimas aprendemos a perdoar. Aprendemos que o nosso relacionamento depende de nós. Nós temos que fazer dar certo, não é isso que eu sempre falo a você?

Assim como esse coração pela metade na sua aliança que só se torna um coração de verdade com o a metade que está comigo, a minha própria vida faz muito mais sentido junto da sua. Não é nula, não é incompleta, é melhor. Mesmo longe, lembrar que você existe me dá forças pra terminar o dia. Porque o fim do dia é um dia a menos pra ficar longe de você. 

Em momentos como esse as lembranças não lembram só o que já vivemos, mas o que viveremos. Os planos, os sonhos, as ideias, os projetos. Nossa casa, nossos filhos, nossa vida, tudo o que será. Será, sim. Chegará. O futuro nos espera, e não demora. Porque é muito difícil ficar assim tão longe, mas não é pra sempre. Logo, será mais uma lembrança.