segunda-feira, 21 de março de 2011

Príncipe Caspian (Filme)

É incrível como os estúdios podem transformar uma história incrível em um filme sem graça e confuso, mas também transformar uma história sem sal nem açúcar em um filme emocionante! Essa nem de longe foi a crônica de que mais gostei (Olha a resenha das crônicas aqui!), mas a adaptação para as telas me conquistou.

Eu francamente não entendo porque não fez tanto sucesso quanto o primeiro filme. Quer dizer, talvez eu entenda. O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa tinha um tom mais... lúdico. Príncipe Caspian é cheio de batalhas e ação o tempo todo. Não tem tantas cenas fofinhas e engraçadinhas. Mesmo algumas que existiam no livro foram cortadas. (Como a parte em que Aslan brinca com o anão. Se bem que não sei se isso seria mesmo bonitinho, não consigo imaginar). Mas e daí? Eu amo ação!

Quebrando paradigmas desde 1992. "A guerra é o resultado da imbecilidade humana". Concordo. Mas um bom filme de guerra eu não dispenso. Não sou nada mulherzinha no cinema. Gosto da ação, gosto das cenas de batalha, dos discursos pré-combate, dos gritos de fúria e êxtase dos combatentes. Só não curto filmes de artes marciais, que sempre têm um velhinho com uma coluna melhor que a minha. Inveja é fogo...

O enredo nos primeiros minutos de filme parece confuso, mas, como eu disse a adaptação foi brilhante. Magnífica. Mesmo tendo suprimido toda a parte da criação de Caspian com a ama e depois com o tutor (esqueçam a ama, ela não é nem mencionada), logo dá pra entender porque Caspian está fugindo do castelo onde ele é o príncipe. Não é todo remendado como A Viagem do Peregrino da Alvorada, cheio de lapsos de tempo. A cronologia foi muito bem trabalhada, melhor do que no livro.

Mas vamos deixar isso pra lá que eu estou doida pra falar da cena da batalha no castelo! Completamente ótima, se a intenção foi me deixar aflita. O modo como eles chegam, tudo o que dá errado e tudo o que dá certo. Ah, e a luz, né? A penumbra deu o clima perfeito. Destaque também para as criaturas, muito bem 'montadas'. Os centauros e minotauros, principalmente. As vezes em que a câmera focaliza o Pedro marcam os estágios de consciência dele diante dos acontecimentos na batalha.

O duelo não marcou muito. Poderia ter sido melhor trabalhado. Não sei se foi a coreografia, o jogo de câmeras, os atores, o fato de não desviar o foco deles em praticamente nenhum momento... A cena da Feiticeira Branca ficaria melhor com menos luz. Mas é só o meu palpite, e eu nem sou muito de assistir filmes, né?

Vamos voltar às batalhas. Falei que eu amo gritos de guerra? E aquela coisa daquele povo correndo, com aquela cara de bravura, encarando todo mundo!! A estratégia deles me deixou maravilhada. Amo ver as estratégias! #aempolgada Mas deixa pra lá. Surpresa, tá? Quando você assistir o filme, faz cara de Ohh! Eu não fiz bem essa cara, estava pulando e gritando. Ahh, o conforto de assistir filmes em casa. Se alguém fizesse isso no cinema, eu mataria.

Mais uma coisa! Amei o destaque pra Suzana na última batalha. Quer dizer, não foi bem um destaque, mas ela estava lá. E se não estava em destaque, também não estava inferior a ninguém ali. Lutou feito gente grande! Sempre achei ela bem sem graça, mas ganhou meu respeito. Já não era sem tempo, né?

Conclusão: É mil vezes melhor do que os outros dois filmes já lançados, e eu quero que lancem logo os outros. Bom, é melhor eu fazer bastante torcida pra que lancem, já que até isso é incerto. Mas será que logo é pedir muito demais?

PS: Eu tentei não dar spoiler, mas... NÃO OLHE AGORA! Eu duvidava com todas as minhas forças que ia rolar beijo no final. Me surpreendeu demais hahaha PODE ABRIR!